segunda-feira, 27 de abril de 2015

RECEITA: MINI ÉCLAIRS

   Como já falei aqui uma vez, acho super meiguinho aqueles doces feitos individuais sabe? Nada muito grande, daqueles que você consegue comer um pouquinho de cada, sem estragar a apresentação do prato e nem fazer uma sujeirada na hora de cortar...

   Pensando nisso e sobre o que falamos aqui das éclairs, hoje trouxemos uma receita que é uma delícia: mini éclairs com recheio de creme de leite condensado. Super simples de fazer, uma delícia de comer. 

   Ótima para chás da tarde ou como sobremesa de um almoço entre amigos e família!



quinta-feira, 23 de abril de 2015

ÉCLAIRS, UMA BOMBA DE SABOR

   Quem nunca passou em uma padaria, doceria ou confeitaria, viu uma éclair (mais conhecida como bomba  por nós brasileiros) e ficou com aquela vontade de comer umas dez, não sabe o que é gostar de um docinho.

   Uma dúvida que eu sempre tive: eu nunca vi uma bomba naquele formato (não que eu seja uma expert em bombas), então... porque recebe esse nome?

   Na verdade, éclair vem do francês e significa relâmpago, que é a forma como é consumida: rapidamente, como um relâmpago, como já dizia o ditado popular francês: “Et un bon éclair se dévore toujours en un éclair!” (E uma boa bomba se devora sempre em um relâmpago - em português). Já no Brasil recebe o nome de bomba, pois quando recebe a primeira mordida é uma explosão da massinha com um creme maravilhoso!

   A massa base das éclairs são a variação do uso da famosa pâte à choux - que serve como base para profiteroles, carolinas, sonhos espanhóis e outros doces. Outro detalhe característico dessa massa é sua forma de preparo: primeiro é cozida na panela para somente depois ser assada ou frita, dependendo da receita.

   A origem dessa sobremesa é bem antiga. O primeiro registro do uso desta massa é no século XVI, em Lyon, na França. Com o tempo, foi sofrendo algumas modificações em seu preparo e, somente no século XVIII, a partir das mãos do confeiteiro francês Avice, a massa foi aperfeiçoada e deu origem aos bolinhos choux (em português, couve-flor), com a massa como conhecemos hoje.

   Mas, é no século seguinte, por volta de 1846, que as éclairs surgem como conhecemos. Pelas mãos da confeiteira francesa Marie Antoine Carême surgem as tradicionais éclair, ou bomba para nós: massa choux em formato de tubo, recheada com creme confeiteiro e cobertura de fondant ou chocolate. A receita tornou-se muito difundida na França e na Inglaterra na segunda metade do século XIX.

   Depois disso, todo mundo já sabe, foi sendo passada de geração em geração e cultura para cultura, tornando-se um dos doces mais conhecidos da confeitaria.

quarta-feira, 22 de abril de 2015

RECEITA: SCONES DE PARMESÃO E NOZES

   Mais cedo falamos um pouquinho sobre o scone, um pãozinho simples e rápido de fazer que é tradicional da região do Reino Unido. Sua primeira aparição na história é muito antiga, no início do século XVI.

   Apesar da idade da nossa receita, ela ainda faz parte dos lanches e cafés ingleses com direito a variações de sabores e acompanhamentos. Por isso, hoje trouxemos scones salgados de parmesão e nozes. 

   Caso você queira servi-lo como aperitivo, pode acompanhar patês e cremes diversos, que fica uma delícia também! E outra coisa: Se quiser trocar o parmesão por uvas passas e acompanhar com geleias, para ser um ótimo acompanhamento para o cafezinho da tarde.

   Enfim, uma coisa temos que concordar: doce ou salgado os scones são uma delícia! Então, mãos na massa!!!


terça-feira, 21 de abril de 2015

#ACONTECE:THE UNFAIR MENU

   Normalmente aqui no blog a gente traz somente receitas e histórias dos doces mais famosos e gostosos. É muito legal, mas trazer um pouquinho do que acontece no mundo dos restaurantes e eventos gastronômicos, também é.

   Pensando nisso, hoje vamos falar de uma ação sensacional criada pela Agnelo Comunicação em parceria com o restaurante Ramona, em São Paulo, feita durante o mês da mulher. Mas o que era e porque causou tantos comentários nos portais e redes sociais?

    A ação faz parte de uma campanha de conscientização sobre desigualdade de salários entre homens e mulheres que exercem o mesmo cargo dentro de uma empresa. Para se ter uma noção, aqui no Brasil as mulheres costumam receber 30% a menos que os homens, executando exatamente a mesma função. Ou seja, elas só possuem 70% do poder aquisitivo de um colega de trabalho do sexo masculino.

   Pensando nisso, a agência de comunicação e o restaurante desenvolveram o "The Unfair Menu" (traduzido para o português - O Menu Injusto). Funcionava da seguinte forma: os cardápios possuíam uma nota dizendo que os preços dos pratos seriam acrescidos em 30% quando o cliente que fizesse o pedido fosse homem.

   Já dá para imaginar que muita gente se revoltou, se recusou a pagar e quis tirar satisfação com o gerente da casa, não é mesmo? Mas a estratégia foi a seguinte: Vamos deixar os clientes se revoltarem. Na hora em que a revolta atingisse um ponto que não era mais "saudável", o gerente entregava à pessoa um folheto explicativo que falava sobre a ação do menu injusto:

"No Brasil as mulheres recebem em média 30% a menos para desempenhar as mesmas funções. Isso sim é injustiça. Peça o cardápio normal para o garçom e ajude a repassar essa mensagem."

   Assista ao vídeo da ação e veja quais foram as reações dos homens e mulheres quando souberam o motivo dos 30% de acréscimo ao valor do prato e da bebida.



   E para a agência e o restaurante, eu deixo aqui meus parabéns pela ideia e pela atitude!

"The Unfair Menu. Uma campanha contra a desigualdade salarial dos gêneros."





sábado, 18 de abril de 2015

WHOOPIE PIE CHOCOMALLOW

Aposto que a maioria de vocês nunca ouviu falar nessa sobremesa.Por aqui ela não é muito tradicional, apesar de ser deliciosa. Já nos EUA, ela é um doce bastante tradicional e pode ser encontrado na maioria das confeitarias e lojas de conveniência.

Esse doce, Whoopie Pie (que se pronuncia uúpi pái) é originário dos Estados Unidos na década de 1920, mais exatamente em Lancaster - Pensilvânia, segundo histórias locais. A sobremesa nada mais é do que duas rodelas de uma espécie de biscoito bem macio (que mais lembra a textura de um bolo) de chocolate que tradicionalmente é recheado com creme de marshmallow. A massa não pode ser muito fininha e nada de economizar no recheio.

Segundo histórias, a origem do doce é na colônia Amish - uma das mais antigas dos EUA - localizada nesta mesma cidade (uma curiosidade - nessas colônias não existe tecnologia, ou seja, tudo é feito manualmente e com ingredientes naturais. Não existem carros, tvs, celulares e nada dessas inovações tecnológicas).

Mas porque Whoopie Pie? Reza a lenda que as mulheres dos agricultores Amish colocavam esses pequenos doces, feito com restos de bolos e biscoitos de dias anteriores, dentro das bolsas de refeições de seus maridos, quando iam trabalhar, e de seus filhos, quando iam à escola. Quando eles abriam as lancheiras e encontravam Whoopie Pies, comemoravam com um grito de alegria: "whoopie!!!".

 Dá até vontade de experimentar para ver se vale mesmo a pena gritar "whoopie!!", não é mesmo?!


Whoopie Pie Chocomallow


Rende: 8 whoopies
Tempo de Preparo: 40 minutos
Dificuldade: *****
Custo: $$$$$

Ingredientes

   Massa:

- ½ xícara de manteiga
- 1 xícara de açúcar
- 1 colher de chá de essência de baunilha
- 1 ovo
- ½ xícara de cacau em pó
- 1 e ½ xícara de farinha de trigo
- 1 colher de chá de fermento em pó
- 1 colher de chá de bicarbonato de sódio
- 1 xícara de chá de leite
  
  Marshmallow:

- 2 claras
- 1 xícara de glucose de milho
- 1 xícara de açúcar de confeiteiro
- 1 colher de chá de extrato de baunilha
- Uma pitada de sal

Modo de Preparo

1. Bata a manteiga, o açúcar, a essência e os ovos até obter um creme amarelo fofinho e bem clarinho.
2. Peneire todos os outros ingredientes: cacau, fermento, bicarbonato e o sal.
3. Em seguida, acrescente ao creme de manteiga alternando com o leite. Mexa delicadamente até obter uma massa homogênea.
4. Em um recipiente untado e forrado com papel manteiga, faça discos de até 10 cm de diâmetro. Asse por 15 minutos em forno a 180ºC.
5. Para o marshmallow, bata as claras em velocidade alta com a glucose de milho até ficar um creme brilhante e seu volume dobre.
6. Em velocidade baixa, adicione o açúcar de confeiteiro e a essência de baunilha e bata até misturar bem.
7. Para montar, é só cobrir um disco com o creme de marshmallow e cobri-lo com outro disco, com um sanduíche.

sexta-feira, 17 de abril de 2015

PAVLOVA, DOCE DE BAILARINA

Uma sobremesa de nome russo, que homenageia uma bailarina e foi criada na Oceania. Isso é a prova viva de que culturas diferentes, quando se encontram pode dar em algo muito bom. É, se você achou que estávamos falando da Pavlova, acertou.

Primeiro de tudo, temos que concordar: é uma sobremesa linda de se ver e deliciosa de se experimentar. Mas não é apenas a questão dos sabores e texturas que a tornam especial. Sua história também.

A Pavlova foi criada em homenagem à bailarina russa Anna Pavlova (1881 - 1931). Quanto ao país de origem da sobremesa, a história é um pouco controversa. Na verdade, existem duas teorias:

A primeira diz que um chef australiano, admirador da bailarina, ao assisti-la em seu melhor e mais famoso número - A Morte do Cisne -, se encantou com sua performance, leveza e trajes. Com toda essa inspiração criou então uma das sobremesas mais tradicionais da Oceania - colocando no prato todas as sensações que teve ao assistir o espetáculo.

Já a outra teoria, diz que a origem da Pavlova é neozelandesa, criada pelo chef do restaurante Wellington, durante a turnê mundia do espetáculo, no ano de 1926.

Oficialmente, o primeiro registro escrito encontrado sobre esse doce foi em um livro sobre cozinha da Nova Zelândia. Enfim, qualquer que seja a origem da receita dessa sobremesa, sabemos que quem criou conseguiu captar os sentidos e sensações de quem presencia a bailarina no espetáculo.

"A sobremesa capta perfeitamente o espírito e a arte de Pavlova. O merengue assemelha-se a um tutu cheio de ondas, e as frutas coloridas e vibrantes lembram o brilho vertiginoso de sua dança. A própria vida do doce parece espelhar a famosa rotina das penas de Pavlova: a beleza desaparece rapidamente depois da criação e, a menos que seja consumida, a fruta e o creme despencam - uma sobremesa que morre, como o cisne." (WINTER, 2013, p.115)
A sobremesa possui o formato de bolo, com uma base de suspiro ou merengue durinho e crocante por fora e bem cremoso por dentro. Costuma ser servido com calda de frutas e decorado com pedaços dela. Tradicionalmente é feito nas datas festivas, principalmente no natal.

Bom, sendo australianos ou neozelandeses os inventores desse doce, eles estão de parabéns! O doce é lindo de se ver, barato e fácil de fazer. E cá entre nós, quem não ia gostar de servir de inspiração para uma sobremesa que ultrapassa a barreira dos anos, das inovações e das culturas?

 

Pavlova de Frutas Tropicais


Rende: 10 porções
Tempo de Preparo: 45 minutos
Tempo de Cozimento: 1 hora
Tempo de Espera: 6 horas
Dificuldade: *****
Custo: $$$$$

Ingredientes

- 6 claras
- 1 pitada de sal
- 335 gramas de açúcar
- 2 colheres de chá de amido de milho
- 1 colher de chá de vinagre branco
- Essência de baunilha
- 700 gramas de frutas tropicais
- Açúcar de confeiteiro para polvilhar
- 3 colheres de sopa de açúcar
- 1 lata de creme de leite sem soro

Modo de Preparo

1. Preaqueça o forno a 150ºC. 
2. Bata as claras com a pitada de sal até chegar em ponto neve.
3. Vá aos poucos adicionando o açúcar, de preferência uma colherada por vez, batendo bem a cada colherada. A mistura deve ficar bem espessa e brilhante.
4. Em seguida, acrescente a baunilha, o amido e o vinagre.
5. Forre uma forma com papel manteiga. Sobre ela faça um círculo com a massa de cerca de 24 centímetros de diâmetro. Preencha o meio com o creme, até cobrir todo o espaço e deixar uma camada de base. 
6. Coloque uma quantidade maior de massa nas laterais, para que eles fiquem ligeiramente mais alto. Se quiser desenhe texturas nas laterais com um garfo.
7. Leve ao forno e deixe assar na temperatura mais baixa por 1 hora. Em seguida, desligue o forno e deixe o suspiro lá até que esfrie, por no mínimo 6 horas.
8. Para o chantilly, bata o açúcar e as claras até atingir ponto de picos.
9. Distribua o chantilly dentro do suspiro e finalize com frutas sobre ele. 


quinta-feira, 16 de abril de 2015

AMBROSIA, O DOCE DOS DEUSES

E hoje vamos falar de um doce muito popular e tradicional aqui no Brasil, principalmente nas mesas das famílias mineiras: a ambrosia. Apesar de ser um doce bem mineirinho e ter a cara do brasileiro, sua origem data de milhares de anos; afinal de contas, era um dos alimentos prediletos dos deuses do Olimpo, na Grécia.

Pois é, as primeiras aparições desse doce dos deuses (literalmente) é Grécia Antiga e era um doce de consumo exclusivo dos deuses e possuía um sabor divino. Alguns dizem que segundo a lenda, o doce possuía o poder da cura e, se um humano conseguisse tomá-lo seria punido com a morte; outros afirmam que segundo a mitologia, a ambrosia era tão poderosa que caso um humano conseguisse comê-la (o que era proibido), ele teria o poder da imortalidade. Conta a lenda ainda que, se oferecida pelos deuses, o humano que experimentasse sentia uma sensação extrema de prazer e felicidade.

O nome ambrosia deriva da palavra Ambrósio, que significa divino e imortal. Conforme a mitologia, esse manjar era muito poderoso, chegando ao ponto de ressuscitar qualquer um, bastava apenas que pusesse um pouco do doce em sua boca. Mas deviam tomar cuidado: o excesso de ambrosia podia fazer com que quem ingerisse, explodisse.

Com  passar do tempo, o doce foi adaptado e chegou a outras partes do mundo. Tornou-se bastante popular e muito bem produzido pelos países da Península Ibérica - Espanha e Portugal - e na época da colonização, veio com os imigrantes, tornando-se popular também no interior do Brasil, principalmente em Minas Gerais, aparecendo nas mesas de festas e banquetes desde o ano de 1876.

A ambrosia é um doce feito a base de leite, ovos e açúcar. No Brasil, também é conhecida por doce de ovos. Como toda receita que possui séculos e está presente em diversas partes do mundo, existem variações de ingredientes e especiarias colocadas - afinal cada região do mundo tem suas especialidades, não é mesmo?


Ambrosia 


Rende: 10 porções
Tempo de Preparo: 40 minutos
Tempo de Cozimento: 5 minutos
Tempo de Espera: -
Dificuldade: *****
Custo: $$$$$

Ingredientes

- 750 gramas de açúcar
- 1 pau de canela
- 1 xícara de água
- 4 xícaras de leite
- 8 claras
- 16 gemas

Modo de Preparo

1. Em uma panela, junte o açúcar, a canela em pau e a água. Misture bem e leve ao fogo mexendo até que o açúcar dissolva por completo.
2. Após dissolver, pare de mexer e deixe atingir o ponto de calda grossa.
3. Acrescente o leite e mexa bem. Deixe ferver.
4. Em outro recipiente, bata as claras em neve e em seguida, misture as gemas cuidadosamente. Adicione essa mistura de ovos na panela, sem mexer.
5. Quando os ovos ficarem firmes, misture delicadamente com um garfo, separando os pedaços de ovos da calda. Deixe ferver por 5 minutos.

quarta-feira, 15 de abril de 2015

RECEITA: BOLO CAPPUCCINO

   Tudo bem que o dia do café já passou quase inteiro, mas o que vale é a intenção, não é mesmo?

   Já que o assunto de hoje no blog foi a bebida nossa de cada dia - aquela que nos acompanha nas noites de estudo, nas noites sem dormir, no dia seguinte da balada, nas noites viradas fazendo relatório de trabalho - aquele que o chefe pediu amanhã pra entregar ontem (!!!) - enfim, nosso mascote das bebidas animadoras: o café. Mais precisamente aquela mistura dos deuses - café + leite + leite vaporizado, ou seja, cappuccino.

   Enfim, seja qual for a forma que você goste de beber o café (puro, gelado, quente, frapè, com laranja...) uma sobremesa com um toque de cafeína é uma delícia não é mesmo? E com esse outono dando as caras, as temperaturas ficando mais amenas, nada como um bolinho quentinho no fim da tarde, não é mesmo? E acompanhado de uma xícara de café... nada como desestressar!

   Pensando nisso, a receita de hoje é um bolinho delicioso de cappuccino. Particularmente acho que o sabor é mais gostoso com chocolate ao leite, mas se você optar por um bolo que não seja muito adocicado, troque por chocolate meio amargo.

   Enfim, chocolate é chocolate e com café fica sensacional! Espero que experimentem a receita e gostem!!



BOLO DE CAPPUCCINO

Fala galera! Nada como comemorar o dia internacional do café, falando sobre ele mesmo... Claro que todo mundo sabe que o café é um grãozinho que pode se apresentar de diversas formas (ele pode até servir pra tirar cheiro entre uma prova de perfume e outra!!), e, por isso, hoje vamos falar sobre uma das bebidas mais famosas à base de café: o cappuccino.

Só pelo nome a gente já imagina que a origem seja italiana, afinal muitos "c" e muitos "p" só pode ter essa origem né? Mas e como surgiu?

Pois é, apesar de todo charme dos cafés e das cafeterias espalhadas pelo mundo, a origem do cappuccino não é tão glamourosa assim. Inclusive, para entrarmos nesse assunto precisamos voltar alguns (muitos) séculos atrás.

Por volta do século XVI surge o termo cappuccino, atribuído à criação da receita do monge italiano Marco D'Aviano. O monge - personagem muito importante na contenção do avanço do povo islâmico na Europa -, durante a invasão de Viena em 1683 encurralou junto com os fiéis o exército islâmico, que recuou deixando várias sacas de café pelo caminho.

Como já se sabia, o café possuía um sabor bastante amargo para o paladar europeu e para que os fiéis pudessem tomá-lo, os vienenses acabaram adicionando à ele mel e leite. A receita foi batizada em homenagem ao monge que participou da batalha.

Mas até aí, porque cappuccino, né? Em italiano, a palavra cappuccino quer dizer pequeno ("ino") capuz ("cappuccio"), que era utilizado pelos monges franciscanos - tais como Marco D'Aviano.

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Hoje em dia, o cappuccino tradicional é feito a partir da mistura de leite, leite vaporizado e café, sem uma proporção exata. Em alguns lugares do mundo, como no Brasil, é comum adicionar também canela e chocolate em pó.


Existem também outras variações para o cappuccino: o machiatto e o latte, que mudam de acordo com a proporção dos ingredientes originais.

Pra comemorar o dia internacional do café, que tal um bolo delicioso de cappuccino?

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Bolo de Cappuccino

Rende: 8 fatias
Tempo de Preparo: 20 minutos
Tempo de Cozimento: 40 minutos
Tempo de Espera: -
Dificuldade: *****
Custo: $$$$$

Ingredientes

- 1 xícara de farinha de trigo
- 2/3 de xícara de açúcar
- 2/3 de xícara de cacau em pó
- 2 colheres de sopa de fermento em pó
- 1 colher de chá de pó de café
- 1/2 xícara de creme de leite
- 1 colher de chá de óleo de soja
- 1/2 xícara de chocolate ao leite
- 1 xícara de açúcar mascavo
- 1 1/2 xícara de água
- 250 gramas de cappuccino em pó

Modo de Preparo

1. Preaqueça o forno em 200°C.
2. Em uma tigela, adicione os ingredientes secos e misture bem até que eles não fiquem separados. Não coloque ainda o chocolate ao leite.
3. Em seguida, acrescente o creme de leite e o óleo e misture até que a massa fique homogênea.
4. Agora adicione o chocolate ao leite picado e mexa bem, mas não muito para o bolo não sovar.
5. Unte a forma com um pouquinho de óleo e salpique um pouco de açúcar mascavo e cacau em pó na forma.
6. Dissolva o cappuccino em pó na água e misture à massa, até deixá-la homogênea.
7. Logo em seguida leve a forma ao forno e deixe assar por 40 minutos, ou até que ao colocar um palito de dente, este saia limpo.

Dica: Você pode servi-lo quente ou frio; se optar por servi-lo quente, acompanhe o bolo com uma deliciosa bola de sorvete com calda de chocolate!


terça-feira, 14 de abril de 2015

FLORESTA NEGRA

Quem nunca ouviu histórias dos irmãos Grimm? Branca de Neve, Rapunzel, João e Maria e Chapeuzinho Vermelho estão entre os exemplos de suas histórias. Mas e daí, o que elas têm de comum para estarem aqui? Simples! Todas elas se passam em um mesmo cenário: a Floresta Negra (sim, ela existe mesmo). Com essa resposta, acho que já imaginaram sobre que doce vamos falar hoje, não é mesmo?

Pois é, o escolhido do dia foi o famoso bolo Floresta Negra. Sua origem data de 1915, na antiga vila alemã de Bad Godesberg, hoje distrito de Bonn, pelo pâtissier Josef Keller, proprietário do Café Anger Keller. A receita original foi transmitida para seu aprendiz August Shefer e ele ensinou a seu filho, Claus. Mas é graças à um pâtissier inglês que o bolo Floresta Negra ganha o gosto e espaço no cardápio dos melhores restaurantes, sendo também um dos favoritos em festas.

Seu nome original é Schwarzwalder Kirschtorte. A palavra alemã schwarz quer dizer negra, enquanto walder significa floresta. Kirschtorte indica o tipo de elaboração do doce, ou seja, é uma torta kirsh - licor brandy de cereja típico da região entre as fronteiras da Alemanha, França e Suíça.

Mas, e porque o bolo recebe esse nome e homenageia a floresta? Além do fato de ter sido criado nessa região, é que nessa floresta, que se encontra no estado de Baden-Württermberg (sudoeste alemão), existe uma enorme cadeia de montanhas, repleta de vales, lagos  trilhas. Como a maior parte de sua composição é carvalho - árvores altas e de folhagem densa e escura -, recebem pouca luz do sol, principalmente no inverno, tornando seu interior ainda mais escuro.

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Quanto à apresentação do doce, há quem diga que representa a floresta - as raspas de chocolate são uma menção às cascas de árvores; enquanto o chantilly representa a grande quantidade de neve que cai no inverno. Outros dizem que é uma inspiração nas vestes das mulheres solteiras que viviam por aquela região, já que estas usavam vestidos pretos sobre camisas de mangas longas e brancas. Para completar o look, as jovens usavam um chapéu conhecido como bollenhut (por isso existe a tradição de que em cada roseta de chantilly deve ser colocada uma cereja).

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Assim como na receita original criada na Alemanha, no bolo vamos colocar o kirsh (licor típico daquela região). Se você optar por não usar a bebida para fazer o bolo é simples: para as cerejas do recheio, ao invés de mergulhá-las no brandy (kirsh) utilize cerejas em calda. E deixe o chantilly sem o licor também. 


Bolo Floresta Negra


Rende: 10 fatias
Tempo de Preparo: 40 minutos
Tempo de Cozimento: 20 minutos
Tempo de Espera: 20 minutos
Dificuldade: *****
Custo: $$$$$

Ingredientes

- 9 ovos (claras e gemas separadas)
- 250 gramas de açúcar
- 250 gramas de chocolate meio amargo derretido
- 50 gramas de cacau em pó
- 2 1/2 xícara de creme de leite
- 1 colher de sopa de açúcar de confeiteiro
- 1 pitada de sal
- 2 colheres de sopa de kirsh
- 500 gramas de cerejas mergulhadas em kirsh
- Cerejas frescas para decorar
- Chocolate meio amargo em lascas

Modo de Preparo

1. Preaqueça o forno a 180°C.
2. Em uma tigela, bata as claras e o sal até o ponto neve. Reserve.
3. Em uma batedeira, bata as gemas e o açúcar até formar um creme claro e airado. Acrescente à essa mistura o chocolate derretido em temperatura ambiente e junte as claras em neve à mistura. Misture até ficar homogêneo.
4. Incorpore o cacau peneirado e mexa com leveza, para que a massa não sove e fique pesada.
5. Distribua em 3 formas de tamanhos iguais. Leve ao forno por 20 minutos ou até que o palito saia bem sequinho. Espere a massa esfriar por cerca de 10 minutos antes de desenformar.
6. Bata o creme de leite até o ponto de chantilly. Acrescente em seguida o açúcar e o kirsh.
7. Intercale uma camada de bolo, uma de creme de chantilly e uma de cereja ao kirsh em pedaços. Para finalizar, cubra as laterais e a parte superior com o creme.
8. Para decorar: Salpique sobre o creme na parte superior e laterais do bolo as lascas de chocolate meio amargo. Novamente, com o creme faça espirais (rosetas) de chantilly e coloque cerejas no centro para enfeitar.

segunda-feira, 13 de abril de 2015

MINEIRO COM BOTAS

   Já passeamos bastante pelo mundo e pelo tempo, atrás de deliciosas histórias e aventuras gastronômicas. Hoje vamos ficar por aqui mesmo e falar sobre um doce brasileiro que é pouco conhecido: o Mineiro com Botas, ou também Mineiro de Botas.

   O doce surge por volta do século XVII, mas ainda não era conhecido por esse nome, na época em que a mineração estava em alta no Brasil, principalmente nos territórios de Goiás, Minas Gerais e Mato Grosso.

   Era de costume que as esposas dos mineiros comemorassem sua volta fazendo jantares - já que muitos mineiros passavam dias, semanas ou até meses sem voltar para casa; alguns chegavam a não sobreviver nas minas, com o trabalho muito puxado. Como sabemos, a vida não era fácil, o trabalho era quase escravo e o dinheiro era bem pouco.  Por isso, na maioria das vezes, os ingredientes usados para as comidas dos "banquetes" de comemoração eram baratos e, muitas vezes, podiam ser encontrados nos próprios pomares e hortas das fazendas e sítios.

   Aí que surge o doce Mineiro de Botas, ou Mineiro com Botas (homenageando esses trabalhadores). É feito a partir da mistura do queijo minas com banana, açúcar e canela. A disposição dele pode variar, com queijo em pedaços ou ralado; as bananas amassadas ou em tiras... Vai do gosto de quem faz.



   Originalmente mineiro, o doce acabou ganhando fama também pelo Rio de Janeiro, onde você encontra com facilidade no cardápio de sobremesas de vários restaurantes. Lá, algumas variações podem ser vistas: doce de leite, goiabada, pudim de baunilha e até leite condensado podem entrar na receita e trazer novos sabores e sensações ao doce, que pode ser servido tanto quente como frio.

   Enfim, independente de onde foi criado e onde fez a fama, o que sabemos é que esse doce caiu no gosto dos brasileiros, que adoram a mistura do doce - no caso a banana - com o salgado do queijo. Pode não ser um doce tão bonito, graças ao seu aspecto rústico, mas é uma delícia de dar água na boca, não é mesmo?!

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Mineiro com Botas


Rende: 06 porções
Tempo de Preparo: 10 minutos
Tempo de Cozimento: 30 minutos
Tempo de Espera: -
Dificuldade: *****
Custo: $$$$$

Ingredientes

- 6 bananas nanicas amassadas
- 200 gramas de queijo minas curado ralado
- 50 gramas de manteiga sem sal
- 1 xícara de açúcar
- 4 ovos batidos
- Açúcar e canela a gosto

Modo de Preparo

1. Em uma tigela, frite as bananas na manteiga até ficarem bem douradas.
2. Em seguida, misture 1/4 do queijo ralado às bananas e misture. Adicione o açúcar e os ovos. Mexa até misturar bem.
3. Distribua em uma tigela a massa e sobre ela ajeite o restante do queijo ralado. Se quiser, decore com rodelas de banana e salpique a mistura de açúcar com canela.
4. Leve ao forno para assar por cerca de 30 minutos a 200°C.
5. Retire do forno e sirva, quente ou frio.

Dica: Se você quiser pode adicionar à receita goiabada ou doce de leite. Só não esqueça de diminuir um pouco do açúcar para que não fique muito doce e enjoativo.


sábado, 11 de abril de 2015

APFELSTRUDEL

Apfelstrudel. Não tinha um nome mais fácil não? Pois é! Esse é o nome do famoso folhado de maçã que conhecemos por aqui, muito tradicional principalmente pela região sul do Brasil. Mas, você sabe onde ele surgiu? Diferente do que todo mundo acha, sua origem não é alemã. O queridíssimo apfelstrudel nasceu na Áustria, mais precisamente em Viena; mas é na Alemanha onde ele se populariza e torna-se um dos principais pratos locais.

A origem não é exata, afinal de contas antigamente nem todo mundo sabia ler e escrever, portanto muitas histórias e origens foram perdidas ou modificadas boca a boca com o tempo. A receita mais conhecida dos folhados de maçã surge na Europa Central e pensa-se que ele tenha se originado sob influências da culinária do Império Bizantino da Armênia e da Turquia.

É feito de uma massa semelhante à nossa massa folhada bem fina e elástica - chamada de strudel - e recheada com maçãs cortadas em pequenos quadrados, saborizadas e aromatizadas com canela. Muitas vezes acompanha passas e migalhas de pão. Em alguns casos, a receita pode levar rum para intensificar o sabor do recheio. Nozes e amêndoas são opcionais.

Segundo a lenda, cada camada de massa desse doce deve ser suficientemente fina e transparente para que se consiga ler cartas de amor, tornando assim as palavras ainda mais doces, tais como o sabor do apfelstrudel.

Na hora de servir, comumente é levado à mesa quente, salpicado com açúcar de confeiteiro e acompanhado de sorvete de creme.

Enfim, como sempre falamos por aqui: história é bom, mas comer é melhor ainda!! Então vamos lá. Depois e conhecermos a origem de um dos doces mais tradicionais da culinária alemã (apesar de sua origem não ser exatamente de lá...).

A gente trouxe a receita da massa que se usa para fazer os apfelstrudel, mas se quiser ter menos trabalho, você pode optar por comprar massa folhada pronta, que também ficam uma delícia e facilitam e muito na hora da preparação de um prato.


Apfelstrudel


Rende: 16 fatias
Tempo de Preparo: 40 minutos
Tempo de Cozimento: 40 minutos
Tempo de Espera: 1 hora
Dificuldade: *****
Custo: $$$$$

Ingredientes

    Massa

- 300 gramas de farinha de trigo
- 1 colher de sopa de manteiga
- 1 ovo
- xícara de água morna
- 1 colher de café de sal
- 1 colher de sopa de vinagre

    Recheio

- Farinha de rosca para polvilhar
- 12 maçãs cortadas em cubinhos
- 4 colheres de sopa de açúcar
- 1 colher de sopa de canela em pó
- 200 gramas de uva passa
- Suco de 1 limão

Modo de Preparo

1. Em uma panela, ferva a água e a margarina. Reserve.
2. Em um recipiente grande, misture metade da farinha de trigo, o ovo e o vinagre. à essa mistura adicione a água com a manteiga e, em seguida, adicione o retante da farinha. Sove bem a massa até soltar das mãos e ficar ficar homogênea.
3. Deixe descansar em um local escuro e coberto por cerca de 1 hora.
4. Após descanso, divida a massa em duas partes e abra uma delas em uma mesa polvilhada com farinha de trigo até que fique o mais fina que conseguir deixar (num formato retangular). Polvilhe um pouco de farinha para não grudar.
5. Sobreponha várias camadas de massa. Entre elas pincele um pouco de manteiga derretida. Coloque o recheio e enrole a massa.
6. Para o recheio, despeje o suco de limão sobre as maçãs no para não pretejarem.
7. Adicione as uvas passas, o açúcar e a canela. Coloque o recheio sobre a massa, salpique farinha de rosca e enrole a massa. Asse em forno preaquecido a 180°C por 40 minutos. Retire e polvilhe açúcar de confeiteiro.


quinta-feira, 9 de abril de 2015

AMERICAN PANCAKES

Como sempre, quando falamos da origem de alguma receita, a polêmica vem à tona. Qual é a real origem de determinado prato? Onde surgiu a receita mais popular e tradicional? Será que foi um erro ou foi uma receita pré-preparada ou estudada? Dúvidas não faltam, mas a gente busca encontrar a origem das nossas queridas sobremesas.

E hoje, nosso assunto são as panquecas. Mais especificamente as American Pancakes (famosas panquecas americanas) - aquelas que vemos em filmes e desenhos animados em formato de torre, servidas no café da manhã, com caldas e mais caldas, normalmente de mel, chocolate ou frutas silvestres. A receita é praticamente a mesma que encontramos por aqui, mas tradicionalmente a massa dele fica mais gordinha, não é enrolada (as caldas funcionam como cobertura, não como recheio) e são servidas apenas no café da manhã ou nos lanches de fim de tarde.

american-pancake

Voltando à origem, pode-se dizer que as panquecas surgiram há milhões de anos, lá na Pré História. Mas porque acreditam nisso? Porque historiadores, ao analisarem hábitos de quem vivia por aqui naquela época, constataram que eles costumavam comer uma mistura de ovos, leite ou água e sementes secas que eram misturadas e depois cozidas em pedras ou panelas de barro rasas, formando algo parecido com o que nós conhecemos hoje como panquecas.

Mas, como isso faz MUITO tempo, pode ser que a receita tenha se perdido em algum lugar do passado durante um período e, portanto, quem leva a fama pela "origem" das panquecas é uma dona de casa (não se sabe exatamente em que lugar do mundo) que sem querer derrubou um pouco de mingau no fogão a lenha, que estava bem quente. A mulher percebeu que a mistura cozinhava bem rápido e se transformava numa massa leve, flexível e saborosa.

Tá, e como ela ficou tão popular e se tornou item indispensável no café da manhã dos norte americanos? Na verdade, a panqueca apareceu nos EUA recentemente, no final do século XIX, trazido por imigrantes europeus. Ou seja, ela primeiro se tornou popular pela Europa, para depois vir para América e se tornar super famosa.

pancakes imagem

Na Europa ela ganha fama no século V quando o papa Gelásio as oferecia para os peregrinos franceses que chegavam famintos para a festa da Canderola - comemoração do ritual de purificação da Virgem Maria após o nascimento do Menino Jesus. Como o povo francês adora renovar e mudar os nomes das receitas, eles levaram as panquecas para a França e lá deram o nome de crepe (que em francês quer dizer crespo - textura da massa depois de pronta).

Agora que já sabemos como surgem as panquecas antes de chegarem por aqui, vamos saber um pouquinho mais sobre ela. A massa é feita basicamente por leite, ovos e farinha, podendo em alguns lugares possuírem alguns ingredientes extras na mistura, como temperos e iguarias.

Ah, e a palavra panqueca surge a partir da nossa querida mania de aportuguesar palavras: Pancakes (tradução em inglês: Pan - Frigideira ; Cake - Bolo). Depois das fotos e da história, vai dizer que não dá vontade de fazer uma torre dessas com bastante mel ou chocolate?!

Pensando nisso, trouxemos a receita daquelas panquecas que nós vemos em filmes e ficamos babando, só imaginando o cheirinho! A típica panqueca americana do café da manhã dos domingos, que transmitem o famoso estilo americano de levar a vida (american way of life). Diferente de como comemos por aqui, a panqueca americana possui uma massa bem adoçada e deve ser feita de forma a ficar bem gordinha e uma sobreposta a outra como uma torre.

Quanto às coberturas, podem ser das mais variadas: Mel, maple syrup, Nutella, cada de frutas silvestres (esses são os mais tradicionais) e costumam ser servidas nos cafés da manhã, com algumas exceções em cafés da tarde (bem diferente das nossas que costumam ser refeições).

Agora, que tal colocar as mãos na massa?!

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American Pancakes


Rende: 4 panquecas
Tempo de Preparo: 10 minutos
Tempo de Cozimento: 3 minutos
Tempo de Espera: 15 minutos
Dificuldade:*****
Custo: $$$$$

Ingredientes

- 1 xícara de leite
- 2 colheres de chá de manteiga
- 1 1/4 de xícara de farinha de trigo
- 2 colheres de sopa de açúcar
- 2 colheres de chá de fermento em pó
- 2 ovos
- 1/2 colher de chá de sal

Modo de Preparo

1. Em uma tigela misture os ingredientes secos: farinha, açúcar, fermento e sal.
2. Em outra tigela, misture o restante: leite, ovos e manteiga, deixando numa consistência homogênea.
3. Misture os ingredientes secos aos líquidos até que a massa não fique empelotada. Ela deve ficar lisa, mas cuidado para não mexer demais.
4. Deixe descansar por volta de 15 minutos.
5. Enquanto isso você pode ir aquecendo uma frigideira untada com manteiga. Quando ela estiver aquecida, coloque aproximadamente 1/4 de xícara de massa no centro da frigideira.
6. Fique atento pois a massa frita rápido. Vá virando para os dois lados para que ela fique dourada por igual.
7. Para servir, coloque uma massa sobre a outra e despeje sobre ela o mel ou a cobertura de sua preferência. Decore com frutas para acompanhar.



quarta-feira, 8 de abril de 2015

GRAND (PETIT) GATEAU

A primeira coisa que deve estar se perguntando: Que título é esse? Pois é, é hoje que vamos falar da sobremesa que virou febre entre as estrelas da TV e da música e fez sucesso em diversos restaurantes. O famoso Grand Gateau.

O título é porque ele nada mais é do que um petit gateau um pouquinho maior, cheio de coberturas, caldas, frutas, amêndoas, castanhas e um delicioso sorvete de palito, para completar o charme.

Ou seja, ao mesmo tempo que é uma sobremesa chique e sofisticada, ela é bem simples. O problema é: Reúne duas paixões de quem adora doce: chocolate e sorvete.

Com a febre, após seu lançamento no restaurante paulistano Paris 6, em pouco tempo, o Grand Gateau, assim como o Petit, passou a ser uma obrigatoriedade nos cardápios de bons restaurantes por aqui.

Grand Gateau - Paris 6
Mas de onde veio? Mais uma polêmica no mundo da cozinha - alguns dizem que nasce na França, em Paris. Outros, dizem que foi um chef francês radicado em Nova York (Jean-Geroges Vongetrichten) que errou na quantidade de farinha ao fazer um bolo, deixando seu interior amolecido e cremoso.

Outros também afirmam que na criação não tem nada de francês. Segundo essas pessoas, um aprendiz de cozinha norte americano aqueceu demais o forno para assar um bolo, fazendo com que a cada externa ficasse dura e crocante, enquanto o interior permanecia cremoso.

No Brasil o bolinho chegou por volta da década de 80. Nesse período Bernadette Bahia, chef mineira que tinha um restaurante em Belo Horizonte chamado Chez Dadette Haute Cuisine, já o oferecia no cardápio, com bastante sucesso. Era um pouco diferente da versão que conhecemos hoje, trazida pelo chef Erick Jacquin, francês radicado em SP desde os anos 90, que aperfeiçoou a receita original de colega Michel Bras.

Histórias não faltam para se definir a origem do petit gateau (pai do grand gateau). Outra coisa que também não faltam são as variações de recheios e ingredientes criadas. Chocolate não é mais o limite: doce de leite, goiaba, tangerina, baunilha, licores... Enfim, o que você quiser pode virar Grand (Petit) Gateau, que normalmente é servido com uma bola de sorvete de creme ou baunilha e cobertura de chocolate com raspas de chocolate e amêndoa.

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E gente, vamos combinar que com as fotos, deu AQUEEELA vontade de colocar as mãos na massa e se afogar nessa delícia!

Posso dizer que tenho experiência nesse assunto: frustante, eu diria. Um dia fui em um restaurante por aqui - sou de Santos, pra quem não sabe - e, lá chegando peguei o card´pio e como sempre a melhor coisa a se olhar é a sobrema (não sou a única né?!). Vi ali o famoso Grand Gateau e eu, toda ingênua falei: é nesse que eu vou (claro que eu estava pensando naquela maravilha que se come no Paris 6). E quem aparece? Um bolo de chocolate bem sequinho, com diversas coberturas, calda de chocolate e frutas, acompanhado de castanhas e uma bola de sorvete.

Apesar da sobrema estar uma delícia, não era o que eu esperava e muito menos era a cara do doce que caiu na tentação e anda preenchendo a mesa e o Instagram da galera. Era algo gostoso, singelo, mas nada Grand. Por isso, frutada como eu estava, decidi: Vou colocar a mão na massa e seja o que Deus quiser!!

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Grand (Petit) Gateau


Rende: 6 porções
Tempo de Preparo: 20 minutos
Tempo de Cozimento: 20 minutos
Tempo de Espera: -
Dificuldade: *****
Custo: *****

Ingredientes

- 5 ovos
- 1 1/2 xícara de açúcar
- 250 gramas de chocolate meio amargo
- 250 gramas de manteiga sem sal
- 1 1/2 xícara de farinha de trigo
- 1 colher de café de bicarbonato de sódio
- 2 colheres de cacau em pó
- 1 sorvete de sua preferência
- Caldas e coberturas a gosto
- Frutas e acompanhamentos a gosto

Modo de Preparo

1. Junte os ovos e o açúcar. Bata até obter um creme esbranquiçado.
2. Em um refratário, derreta o chocolate e adicione ao creme de ovos. Mexa bem.
3. Acrescente em seguida a farinha e o bicarbonato.
4. Unte e enfarinhe forminhas de tamanho médio para suflê e despeje a massa nela. Preencha apenas até a metade da vasilha.
5. Leve ao forno médio (180°C) preaquecido, por cerca de 20 minutos ou até que forme uma casquinha e o interior continue cremoso.
6. Retire do forno e decore com sorvete, frutas, caldas e acompanhamentos que você goste.

Dica: Salpique cacau sobre ele, acompanhe com calda de chocolate, amêndoas em lâmina e frutas da estação. Para completar, encaixe no meio do bolinho o sorvete de palito que você mais gosta!


segunda-feira, 6 de abril de 2015

CREME BRÛLÉE

Quando a gente fala em doce, muitos vêm em nossa cabeça. Desde os mais simples até os mais elaborados; dos mais clássicos aos mais modernos; dos mais baratos aos mais caros... Enfim, para quem gosta de doce, qualquer açúcar é festa!!

E vamos combinar, para quem gosta muito mesmo de doce e entende sobre isso, não tem como não conhecer o Creme Brûlée (do francês, queimado). Queridinho da pâtisserie, esse doce feito de açúcar, creme de leite, leite, gemas e favas de baunilha possui uma origem um tanto quanto controversa e sabores e sensações inigualáveis - a crosta superior é "queimada" com um maçarico de cozinha e fica caramelizada, enquanto o restante da sobremesa permanece cremosa e bem geladinha.

Mas voltemos à conversa original: de onde veio? Como já dissemos, sua origem é um pouco controversa. Pelo nome, é francês (claro!), mas segundo os espanhóis, o Creme Brûlée é uma cópia adaptada do seu famoso Creme Catalana, que data do século XVII. Já para os ingleses, é uma variação do Burnt Cream, que traduzido para o francês virou Creme Brûlée, tornando-se mundialmente conhecido apenas no século XIX.

Porém, em livros e referências históricas, apesar de todas as contradições, aparece pela primeira vez no livro Noveau Cuisinier Royal et Bourgeois, de François Massialot, publicado em 1691. Segundo ele, a base da receita era de gemas e leite com uma pitada de farinha. Já a primeira referência inglesa, aparece apenas em 1879, a respeito do Trinity Cream ou Cambridge Burnt Cream. Era o doce feito na universidade, onde o símbolo da mesma era marcado com um ferro quente sobre o açúcar da cobertura.

É considerado uma sobremesa bastante elegante e sofisticada. Tradicionalmente é servida em porções individuais - em pequenos vasilhames - e saborizadas com as favas de baunilha. Porém as possibilidades de combinar sabores são infinitas: café, licores, chocolate, doce de leite, limão, laranja, canela, coco... Enfim, o sabor que você quiser harmonizar.

Independente da origem, sabemos que foi através dos franceses que essa delícia da pâtisserie caiu no gosto dos amantes de doces. Se você nunca experimento, deveria experimentar, afinal não é sempre que se encontram sensações diferentes em um mesmo potinho!!

 

Creme Brûlée


Rende:  6 porções
Tempo de Preparo: 20 minutos
Tempo de Cozimento: 40 minutos
Tempo de Espera: 6h10m
Dificuldade: *****
Custo: $$$$$

Ingredientes

5 gemas
- 100 ml de leite
- 350 ml de creme de leite fresco
- 2 colheres de chá de essência de baunilha
1/3 de xícara de açúcar
- Açúcar para caramelizar

Modo de Preparo

1. Preaqueça o forno a 160°C. 
2. Na tigela da batedeira, coloque as gemas e o açúcar e bata até que forme um creme amarelo bem clarinho.
3. Sem bater, adicione o creme de leite fresco, o leite e a essência de baunilha e misture bem, até formar um creme homogêneo. Deixe a mistura descansar por 10 minutos.
4. Prepare uma panela com água em forno alto para levar o creme em banho maria.
5. Com a ajuda de uma colher, vá retirando a espuma que formar na superfície do creme. Distribua em 6 refratários individuais e coloque-os em uma forma com as laterais baixas. Coloque água na forma e leve ao forno em banho maria por mais 40 minutos.
6. Retire do forno e leve à geladeira por 6 horas.
7. Para servir, polvilhe açúcar em cima do doce e, com uma colher metálica aquecida no fogão, caramelize o açúcar, passando as costas dela com movimentos circulares sobre o açúcar 

domingo, 5 de abril de 2015

UM BRINDE

Aqui está algo tão tradicional e tão presente em toda e qualquer refeição que nunca paramos para observar: o brinde. Independente do lugar que você vá, ele está lá. Seja no almoço, no jantar, num brunch, num coquetel... Enfim, se há motivos para celebrar, ele está lá!

É um costume universal, que ultrapassa milênios. Mas, como é contado de boca a boca, existem diversas superstições: uns brindam apenas com bebida alcoólica, outros em qualquer momento e existem aqueles que dizem que só se pode brindar caso haja algo para se celebrar. E aí, o que fazer?!

Sabemos que quanto mais antiga a história, mais difícil comprovar sua origem, já que antigamente era difícil que se registrassem as coisas e as superstições: elas costumavam ser passadas de boca a boca de geração em geração.

Mas, uma das histórias mais aceitas e antigas em relação aos brindes era que, nas cidades da Roma Antiga, as mortes por motivo de envenenamento eram disparadamente maiores do que as outras causas. Portanto, quando o anfitrião servia qualquer tipo de bebida para seu convidado, ele colocava uma pequena quantidade desta em seu copo e ambos ingeriam simultaneamente, após tocarem seus copos, como forma de confiança.

Além disso, nessa mesma época, gregos e fenícios tinham o costume de erguer suas taças como forma de oferenda aos deuses - agradecendo o que foi dado e pedindo novas graças - para saciar sua sede.

Hoje em dia, caso haja um homenageado, este não deve se levantar e deverá ser o último a beber. Assim que todos tenham bebido, o homenageado levanta e apenas agradece aos convidados na mesa. Outra coisa: nada de se esticar todo para brindar com alguém que está do outro lado da mesa. Você pode encostar o copo com as pessoas ao seu lado. Para celebrar com quem está longe, apenas levante o copo em sinal de brinde.

Em relação ao que tem no copo: o costume surge com o brinde feito com vinho e outras bebidas alcoólicas, por isso em alguns lugares você encontrará a tradição que não se pode brindar com água, suco ou refrigerante. Copos vazios significam que a pessoa não concorda com o que foi brindado e podem até trazer má sorte.

E, que tal brindar com um drink delicioso?

sábado, 4 de abril de 2015

DONUTS - A ROSQUINHA FRITA MAIS FAMOSA DO PEDAÇO

Quem gosta de doces certamente já ouviu falar nos donuts, que se origina da expressão em inglês doughnut (na tradução literal, rosca frita). Essa palavra foi usada pela primeira vez pelo historiador Washington Irving no livro History of New York, do ano de 1809, para descrever uma delícia criada no século XVI por padeiros holandeses e trazida por imigrantes para os EUA.

Fonte: Arizona Foot Hills Magazine

Nessa época os famosos donuts ainda não possuíam o tradicional furo no meio, formando o aro da rosquinha, que apareceu somente no ano de 1847, criado pelo marinheiro americano Hanson Gregory, que popularizou ainda mais a iguaria pela terra do Tio Sam. Inclusive, a criação concedeu a Gregory uma placa de bronze na sua cidade natal, Rockport - Maine.

Quanto ao famoso furo no meio da massa, segundo Gregory, ele o fez levando em conta que sempre que a massa era retirada da fritura, uma parte do recheio costumava ficar crua. Com o buraco do meio, a massa era totalmente frita e saborosa, além de fácil de segurá-lo.

Que tal um lanche divertido e diferente para uma tarde gostosa. Aproveita que é feriado!!

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Donuts Americanos


Rende:  20 rosquinhas
Tempo de Preparo: 20 minutos
Tempo de Cozimento: 5 minutos
Tempo de Espera: 70 minutos (1h10m)
Dificuldade: *****
Custo: $$$$$


Ingredientes

- 1 xícara de leite
- 5 colheres de sopa de açúcar
- 1/2 colher de chá de sal
- 1 colher de chá de essência de baunilha
5 colheres de sopa de manteiga
- 2 ovos
- 4 xícaras de farinha de trigo 
- 10 gramas de fermento fresco
- Óleo para fritar

Modo de Preparo

1. Em uma tigela dissolva o fermento no leite morno e deixe descansar por 5 minutos. 
2. Junte o restante dos ingredientes e misture até obter uma massa homogênea.
3. Acrescente a mistura de leite e fermento à massa e misture por mais 3 minutos.
4. Leve essa massa para descansar coberta em um local escuro por 40 minutos para a massa crescer.
5. Após a espera, enfarinhe uma superfície com um pouco de farinha de trigo e abra a massa deixando-a no máximo com 1 cm de altura. Corte em formato redondo (você pode usar um cortador de donuts específico ou dois copos com diâmetros diferentes) a rosquinha e o centro.
6. Deixe-as descansar por 30 minutos para crescerem e ficarem fofas. Frite em óleo bem quente.

Dica: Você pode acompanhar os donuts com coberturas como glacê, frutas e chocolate. Outra opção também é comê-los puros ou no açúcar a canela.