Quem nunca ouviu histórias dos irmãos Grimm? Branca de Neve, Rapunzel, João e Maria e Chapeuzinho Vermelho estão entre os exemplos de suas histórias. Mas e daí, o que elas têm de comum para estarem aqui? Simples! Todas elas se passam em um mesmo cenário: a Floresta Negra (sim, ela existe mesmo). Com essa resposta, acho que já imaginaram sobre que doce vamos falar hoje, não é mesmo?
Pois é, o escolhido do dia foi o famoso bolo Floresta Negra. Sua origem data de 1915, na antiga vila alemã de Bad Godesberg, hoje distrito de Bonn, pelo pâtissier Josef Keller, proprietário do Café Anger Keller. A receita original foi transmitida para seu aprendiz August Shefer e ele ensinou a seu filho, Claus. Mas é graças à um pâtissier inglês que o bolo Floresta Negra ganha o gosto e espaço no cardápio dos melhores restaurantes, sendo também um dos favoritos em festas.
Seu nome original é Schwarzwalder Kirschtorte. A palavra alemã schwarz quer dizer negra, enquanto walder significa floresta. Kirschtorte indica o tipo de elaboração do doce, ou seja, é uma torta kirsh - licor brandy de cereja típico da região entre as fronteiras da Alemanha, França e Suíça.
Mas, e porque o bolo recebe esse nome e homenageia a floresta? Além do fato de ter sido criado nessa região, é que nessa floresta, que se encontra no estado de Baden-Württermberg (sudoeste alemão), existe uma enorme cadeia de montanhas, repleta de vales, lagos trilhas. Como a maior parte de sua composição é carvalho - árvores altas e de folhagem densa e escura -, recebem pouca luz do sol, principalmente no inverno, tornando seu interior ainda mais escuro.
Quanto à apresentação do doce, há quem diga que representa a floresta - as raspas de chocolate são uma menção às cascas de árvores; enquanto o chantilly representa a grande quantidade de neve que cai no inverno. Outros dizem que é uma inspiração nas vestes das mulheres solteiras que viviam por aquela região, já que estas usavam vestidos pretos sobre camisas de mangas longas e brancas. Para completar o look, as jovens usavam um chapéu conhecido como bollenhut (por isso existe a tradição de que em cada roseta de chantilly deve ser colocada uma cereja).
Assim como na receita original criada na Alemanha, no bolo vamos colocar o kirsh (licor típico daquela região). Se você optar por não usar a bebida para fazer o bolo é simples: para as cerejas do recheio, ao invés de mergulhá-las no brandy (kirsh) utilize cerejas em calda. E deixe o chantilly sem o licor também.
Bolo Floresta Negra
Rende: 10 fatias
Tempo de Preparo: 40 minutos
Tempo de Cozimento: 20 minutos
Tempo de Espera: 20 minutos
Dificuldade: *****
Custo: $$$$$
Ingredientes
- 9 ovos (claras e gemas separadas)
- 250 gramas de açúcar
- 250 gramas de chocolate meio amargo derretido
- 50 gramas de cacau em pó
- 2 1/2 xícara de creme de leite
- 1 colher de sopa de açúcar de confeiteiro
- 1 pitada de sal
- 2 colheres de sopa de kirsh
- 500 gramas de cerejas mergulhadas em kirsh
- Cerejas frescas para decorar
- Chocolate meio amargo em lascas
Modo de Preparo
1. Preaqueça o forno a 180°C.
2. Em uma tigela, bata as claras e o sal até o ponto neve. Reserve.
3. Em uma batedeira, bata as gemas e o açúcar até formar um creme claro e airado. Acrescente à essa mistura o chocolate derretido em temperatura ambiente e junte as claras em neve à mistura. Misture até ficar homogêneo.
4. Incorpore o cacau peneirado e mexa com leveza, para que a massa não sove e fique pesada.
5. Distribua em 3 formas de tamanhos iguais. Leve ao forno por 20 minutos ou até que o palito saia bem sequinho. Espere a massa esfriar por cerca de 10 minutos antes de desenformar.
6. Bata o creme de leite até o ponto de chantilly. Acrescente em seguida o açúcar e o kirsh.
7. Intercale uma camada de bolo, uma de creme de chantilly e uma de cereja ao kirsh em pedaços. Para finalizar, cubra as laterais e a parte superior com o creme.
8. Para decorar: Salpique sobre o creme na parte superior e laterais do bolo as lascas de chocolate meio amargo. Novamente, com o creme faça espirais (rosetas) de chantilly e coloque cerejas no centro para enfeitar.
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