sexta-feira, 17 de abril de 2015

PAVLOVA, DOCE DE BAILARINA

Uma sobremesa de nome russo, que homenageia uma bailarina e foi criada na Oceania. Isso é a prova viva de que culturas diferentes, quando se encontram pode dar em algo muito bom. É, se você achou que estávamos falando da Pavlova, acertou.

Primeiro de tudo, temos que concordar: é uma sobremesa linda de se ver e deliciosa de se experimentar. Mas não é apenas a questão dos sabores e texturas que a tornam especial. Sua história também.

A Pavlova foi criada em homenagem à bailarina russa Anna Pavlova (1881 - 1931). Quanto ao país de origem da sobremesa, a história é um pouco controversa. Na verdade, existem duas teorias:

A primeira diz que um chef australiano, admirador da bailarina, ao assisti-la em seu melhor e mais famoso número - A Morte do Cisne -, se encantou com sua performance, leveza e trajes. Com toda essa inspiração criou então uma das sobremesas mais tradicionais da Oceania - colocando no prato todas as sensações que teve ao assistir o espetáculo.

Já a outra teoria, diz que a origem da Pavlova é neozelandesa, criada pelo chef do restaurante Wellington, durante a turnê mundia do espetáculo, no ano de 1926.

Oficialmente, o primeiro registro escrito encontrado sobre esse doce foi em um livro sobre cozinha da Nova Zelândia. Enfim, qualquer que seja a origem da receita dessa sobremesa, sabemos que quem criou conseguiu captar os sentidos e sensações de quem presencia a bailarina no espetáculo.

"A sobremesa capta perfeitamente o espírito e a arte de Pavlova. O merengue assemelha-se a um tutu cheio de ondas, e as frutas coloridas e vibrantes lembram o brilho vertiginoso de sua dança. A própria vida do doce parece espelhar a famosa rotina das penas de Pavlova: a beleza desaparece rapidamente depois da criação e, a menos que seja consumida, a fruta e o creme despencam - uma sobremesa que morre, como o cisne." (WINTER, 2013, p.115)
A sobremesa possui o formato de bolo, com uma base de suspiro ou merengue durinho e crocante por fora e bem cremoso por dentro. Costuma ser servido com calda de frutas e decorado com pedaços dela. Tradicionalmente é feito nas datas festivas, principalmente no natal.

Bom, sendo australianos ou neozelandeses os inventores desse doce, eles estão de parabéns! O doce é lindo de se ver, barato e fácil de fazer. E cá entre nós, quem não ia gostar de servir de inspiração para uma sobremesa que ultrapassa a barreira dos anos, das inovações e das culturas?

 

Pavlova de Frutas Tropicais


Rende: 10 porções
Tempo de Preparo: 45 minutos
Tempo de Cozimento: 1 hora
Tempo de Espera: 6 horas
Dificuldade: *****
Custo: $$$$$

Ingredientes

- 6 claras
- 1 pitada de sal
- 335 gramas de açúcar
- 2 colheres de chá de amido de milho
- 1 colher de chá de vinagre branco
- Essência de baunilha
- 700 gramas de frutas tropicais
- Açúcar de confeiteiro para polvilhar
- 3 colheres de sopa de açúcar
- 1 lata de creme de leite sem soro

Modo de Preparo

1. Preaqueça o forno a 150ºC. 
2. Bata as claras com a pitada de sal até chegar em ponto neve.
3. Vá aos poucos adicionando o açúcar, de preferência uma colherada por vez, batendo bem a cada colherada. A mistura deve ficar bem espessa e brilhante.
4. Em seguida, acrescente a baunilha, o amido e o vinagre.
5. Forre uma forma com papel manteiga. Sobre ela faça um círculo com a massa de cerca de 24 centímetros de diâmetro. Preencha o meio com o creme, até cobrir todo o espaço e deixar uma camada de base. 
6. Coloque uma quantidade maior de massa nas laterais, para que eles fiquem ligeiramente mais alto. Se quiser desenhe texturas nas laterais com um garfo.
7. Leve ao forno e deixe assar na temperatura mais baixa por 1 hora. Em seguida, desligue o forno e deixe o suspiro lá até que esfrie, por no mínimo 6 horas.
8. Para o chantilly, bata o açúcar e as claras até atingir ponto de picos.
9. Distribua o chantilly dentro do suspiro e finalize com frutas sobre ele. 


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