Quem nunca passou em uma padaria, doceria ou confeitaria, viu uma éclair (mais conhecida como bomba por nós brasileiros) e ficou com aquela vontade de comer umas dez, não sabe o que é gostar de um docinho.
Uma dúvida que eu sempre tive: eu nunca vi uma bomba naquele formato (não que eu seja uma expert em bombas), então... porque recebe esse nome?
Na verdade, éclair vem do francês e significa relâmpago, que é a forma como é consumida: rapidamente, como um relâmpago, como já dizia o ditado popular francês: “Et un bon éclair se dévore toujours en un éclair!” (E uma boa bomba se devora sempre em um relâmpago - em português). Já no Brasil recebe o nome de bomba, pois quando recebe a primeira mordida é uma explosão da massinha com um creme maravilhoso!
A massa base das éclairs são a variação do uso da famosa pâte à choux - que serve como base para profiteroles, carolinas, sonhos espanhóis e outros doces. Outro detalhe característico dessa massa é sua forma de preparo: primeiro é cozida na panela para somente depois ser assada ou frita, dependendo da receita.
A origem dessa sobremesa é bem antiga. O primeiro registro do uso desta massa é no século XVI, em Lyon, na França. Com o tempo, foi sofrendo algumas modificações em seu preparo e, somente no século XVIII, a partir das mãos do confeiteiro francês Avice, a massa foi aperfeiçoada e deu origem aos bolinhos choux (em português, couve-flor), com a massa como conhecemos hoje.
Mas, é no século seguinte, por volta de 1846, que as éclairs surgem como conhecemos. Pelas mãos da confeiteira francesa Marie Antoine Carême surgem as tradicionais éclair, ou bomba para nós: massa choux em formato de tubo, recheada com creme confeiteiro e cobertura de fondant ou chocolate. A receita tornou-se muito difundida na França e na Inglaterra na segunda metade do século XIX.
Depois disso, todo mundo já sabe, foi sendo passada de geração em geração e cultura para cultura, tornando-se um dos doces mais conhecidos da confeitaria.
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