terça-feira, 13 de dezembro de 2016

RECEITA: BROWNIE DE CHOCOLATE

   Que chocolate é a salvação de qualquer pessoa é. Fim de namoro, TPM, ansiedade... enfim, tudo é desculpa para comermos chocolate.

   Quer uma desculpa melhor do que a Páscoa chegando para usar e abusar dele? Pois é, pensando nisso, trouxemos um brownie delicioso! Caso você queira, pode substituir os chocolates por achocolatado, mas se você optar pelo chocolate (o que eu aconselho) ele vai ficar muito mais saboroso e cremoso. Uma sobremesa dos anjos! Recomendo.


sexta-feira, 25 de março de 2016

CHEESECAKE DE FRAMBOESA

Polêmico ou não, uma coisa é verdade: o famoso cheesecake tem origem na Grécia Antiga. Pois é, nada de Estados Unidos (ele apenas se popularizou por lá, na região próxima a nova Iorque, na década de 70). Ao pé da letra - em tradução livre -, cheesecake significa bolo de queijo. 

Atualmente, o cheesecake é preparado por uma base de biscoitos, um recheio à base de queijo, creme e ovos, coberto preferencialmente com frutas. Tradicionalmente, costuma ser cozido no forno.

Mas, vamos voltar um pouquinho mais: Na Grécia Antiga, por volta de 776 a.C., a cheesecake (que tnha uma receita mais parecida à um bolo, originária na ilha grega de Samos) era considerada uma boa fonte de energia e proteínas e, por isso, costumavam ser servidas para os atletas durante a primeira Olimpíada -  nesse mesmo ano -, na ilha de Delos. 

Para os gregos, esse bolo era muito tradicional em casamentos também. Como já falamos aqui no blog, antigamente açúcar era uma especiaria muito cara e por isso, pouco utilizada. Nessa época, a base da receita era farinha de trigo, mel e queijo (combinação muito tradicional pelas ilhas gregas) que eram misturados, formando uma massa homogênea de bolo de queijo.

Para chegar até os dias de hoje, os romanos deram uma ajudinha. Ao conquistarem a Grécia, a receita veio como um troféu - mostrando a dominação dos romanos sobre os gregos. Com a chegada em novo território, algumas modificações foram feitas: o queijo passou a entrar em pedaços e os ovos também foram acrescidos nessa receita. 

Em Roma, o bolo (que passou a ser conhecido por Libum) era cozido em tijolos e feitos somente em ocasiões especiais - já que sua principal função era agradecer e acalmar os Deuses. A primeira comprovação da existência desse doce através de registros escritos data de 200 a.C., quando Marcus Cato - um político romano -descreve a receita e modo de preparo do libum. 

Como sabemos, o Império Romano foi um dos maiores da história e com isso, suas tradições se expandiram, assim como seu território, passando a sofrer adaptações de acordo com os ingredientes disponíveis em cada região.
Mas vamos combinar uma coisa: apesar de todo mundo achar que cheesecake é uma receita americana, ele só veio dar as caras por aqui a partir do século XVIII, graças aos imigrantes europeus que chegaram pelos portos norte americanos. 

Há quem diga que a criação do cheesecake seja norte americana por um único motivo: hoje em dia o ingrediente essencial para a produção dessa sobremesa é o cream ceese e não o queijo em si - como antigamente -, o que torna, portanto, a versão moderna do bolo de queijo grego (libum, para os romanos) uma criação totalmente americana. Mas, a história do cream cheese é uma história totalmente à parte, não é mesmo!?



Cheesecake de Framboesa

Rende: 8 fatias
Tempo de Preparo: 50 minutos 
Dificuldade: *****
Custo: $$$$$

Ingredientes

   Massa:

- 200 gramas de biscoito tipo maisena
- 3 colheres de sopa de manteiga sem sal

   Creme:

- 450 gramas de cream cheese
- 1 colher de chá de essência de baunilha
- Suco de 1/2 limão
- 1/2 xícara de chá de açúcar 
- 3 ovos

   Cobertura:

- 1 xícara de geleia de framboesa pronta (caso você opte por fazer, aqui ensinamos)

Modo de Preparo

1. Para a massa, triture o biscoito até obter uma farinha bem fininha. 
2. Misture à essa farinha a manteiga em temperatura ambiente, até formar uma farofa. Forre o fundo de uma forma com o aro removível e leve à geladeira por cerca de 1 hora.
3. Para o creme de queijo, bata na batedeira o cream cheese, a baunilha, o suco do limão, o açúcar e os ovos até formar um creme homogêneo.
4. Despeje o creme na forma sobre a massa gelada e leve ao forno pré aquecido a 180ºC por cerca de 40 minutos. Retire, deixe esfriar e leve à geladeira.
5. Para decorar, desenforme e espalhe a geleia de framboesa por cima. 

segunda-feira, 21 de março de 2016

TORTINHAS ACETINADAS DE CHOCOLATE

Você sabe como surgiu o doce mais consumido no mundo, o chocolate? Não? Então vamos lá!

Segundo relatos mais antigos, os primeiros povos a consumir chocolate como parte do seu dia a dia foram os Olmecas, por volta do ano de 1500 a.C., que habitavam a região que hoje se encontram a Guatemala e o México.

Pouco tempo depois, Maias e Astecas - habitantes da mesma região - desenvolveram o costume de beber uma iguaria, o xocoatl, em um ritual considerado sagrado (assim como a bebida). As sementes eram torradas e misturadas com temperos, tais como pimenta e uma base de milho fermentada com especiarias locais e, muitas vezes acompanhava mel. Já deu para perceber que o sabor era bem diferente do que conhecemos hoje.


Para começar a tomar o formato que vemos hoje, o cacau, através do comércio realizado pelos conquistadores espanhóis (que dominaram o comércio de cacau por mais de 100 anos), foi levado à Europa. No começo, por ser considerado um alimento especial - tinha valor nutricional e energético muito altos - era consumido apenas por mulheres, sacerdotes e nobres em igrejas católicas.

É somente por volta do século XVIII que começam a aparecer estabelecimentos que vendiam essa iguaria. Os locais eram conhecidos como "Casas de Chocolate" e passaram a receber bastante visitas, concorrendo fortemente com cafeterias, na cidade inglesa de Londres. Nessa época, a produção era artesanal e em pequena escala, mas uma xícara de chocolate quente já não era mais luxo apenas para os nobres.

Somente após a Revolução Industrial, com a invenção de grandes maquinários, que se torna possível a produção em escala do chocolate - barateando custo, tornando seu prazo de validade maior e disponibilizando mais chocolate no mercado. É nessa época também que começam a aparecer os sabores e mistura de ingredientes ao nosso querido chocolate.

Mas, é no ano de 1828 que o fabricante holandês Conrad Van Houtten descobriu o método de extrair a gordura dos grãos de cacau moídos, e transformá-la em manteiga de cacau. Somente vinte anos depois, quando uma empresa inglesa - a Fry and Sons - utiliza esse método e começa a produzir chocolate doce em barra para comer, misturando o cacau moído, manteiga de cacau e açúcar que o chocolate começa a tomar a forma como vemos hoje.

Juntamente com os holandeses, os ingleses impulsionaram o comércio e a fabricação do chocolate, mas é graças aos suíços que temos os chocolates como conhecemos. São eles que adicionam leite à mistura, tornando-a doce e cremosa como conhecemos hoje (por isso que os chocolates suíços são tão famosos - além de tradição, são de altíssima qualidade).



Tortinhas Acetinadas de Chocolate


Rende: 8 porções
Tempo de Preparo: 40 minutos
Dificiculdade: *****
Custo: $$$$$

Ingredientes

   Massa:

- 40 gramas de margarina em temperatura ambiente
- Uma pitada de sal
- 25 gramas de açúcar
- 3 gotas de essência de baunilha
- 25 gramas de cacau
- 150 gramas de farinha de trigo

   Recheio:

- 225 gramas de chocolate amargo
- 300 ml de creme de leite fresco
- 2 colheres de sopa de cacau em pó
- 200 gramas de amoras frescas
- Folhas de hortelã para decorar

Modo de Preparo

1. Para a tortinha, misture todos os ingredientes, com exceção da farinha de trigo. Misture bem.
2. Aos poucos, vá acrescentando a farinha de trigo e misturando até obter uma massa homogênea.
3. Com o auxílio de um rolo, abra a massa e distribua em forminhas individuais. Leve ao forno pré assado a 180ºC por cerca de 20 minutos. Retire do forno e deixe esfriar para desenformar.
4. Para o recheio, derreta o chocolate em banho-maria. Aqueça o creme em fogo baixo em outra panela e despeje-o sobre o chocolate derretido.
5. Arrume as bases de torta sobre uma travessa. Coloque nelas o creme de chocolate e deixe gelar por 1 hora.
6. Despeje o recheio na massa da tortinha já resfriada, cubra-as com as amoras, polvilhe com o cacau, se for usá-lo, e enfeite cada uma com uma folhinha de hortelã.



quinta-feira, 17 de março de 2016

JAMMIE DODGERS

Os biscoitos Jammie Dodgers - que receberam esse nome em homenagem ao personagem Roger, o trapaceiro (the dodger) da revista em quadrinhos The Beano - são um dos favoritos no Reino Unido. Esses biscoitos amanteigados crocantes - adorado por crianças e adultos - são montados como sanduíches, recheados com geleia de framboesa e ele possui um detalhe todo especial: em um dos lados da bolacha, existe um vazado em formato de coração que deixa a geleia à mostra, tornando o biscoito mais colorido e convidativo.

A história em quadrinhos, que surge no final da década de 30, tinha como foco principal um humor diferenciado, onde comportamentos imorais como bullying (Dennis the Menace), desonestidade (Roger the Dodger) e até mesmo o roubo (Baby Face Finlayson e os Três Ursos) eram aceitáveis. Embora pareça algo fora do sentido e a simpatia dos leitos pela HQ fosse ligada à má índole deles, todos os personagens no final eram castigados por seus maus atos. Nos últimos anos porém, os castigos corporais diminuíram. Por exemplo, o chinelo (instrumento de castigo que um dos pais dos personagens usavam) passou a ser o nome do chefe da polícia do bairro.

Em relação ao biscoito, inicialmente era produzido em Llantarnam - País de Gales (Reino Unido) pela Burtons Biscuits durante a década de 60. A fabrica é uma grande produtora de biscoitos que são muito tradicionais na região, tais como Waggon Wheels e Viscount. Hoje é possível encontrar outras versões como banana toffe, choccie e berries, além do tradicional sabor de framboesa.

Quanto ao nome: Dodger em homenagem ao personagem Roger Dodger, Jammie em menção a palavra jam (geleia em inglês). Acredita-se eu receba esse nome pelo fato de ser um dos personagens favoritos das crianças e mais famosos da revista e trapacear mostrando o recheio apenas no vazado em forma de coração e na verdade, ter recheio em todo biscoito.

 

Jammie Dodgers


Rende: 15 biscoitos
Tempo de Preparo: 2h
Dificuldade: *****
Custo: $$$$$

Ingredientes

   Geleia (você pode comprar pronta, se preferir)

- 1 kg de framboesas (pode substituir por morangos para baratear)
- 1 kg de açúcar gelificante (pectina)
- Suco de um limão siciliano espremido na hora

   Biscoito

- 250 gramas de manteiga sem sal amolecida
- 125 gramas de açúcar
- 275 gramas de farinha de trigo
- 100 gramas de farinha de arroz
- Uma pitada de sal
- 2 colheres de chá de essência de baunilha
- 250 gramas de geleia de framboesa

Modo de Preparo:

1. Para começar a geleia, coloco um pires no freezer. Pique um punhado de framboesas em pedaços grandes e reserve.
2. Coloque o restante das framboesas em uma panela grande e amasse com um espremedor até obter uma polpa espessa.
3. Acrescente o açúcar e o suco de limão, e leve ao fogo brando. Mexa até dissolver o açúcar, aumente o fogo e deixe ferver por 3 minutos antes de adicionar as framboesas reservadas.
4. Continue a cozinhar por mais 6 minutos, mexendo de vez em quando, e remova a espuma da superfície usando uma escumadeira.
5. Retire da panela do fogo e coloque uma pequena quantidade de geleia no pires gelado. Quando estiver fria, passe o dedo por ela: se enrugar, está no ponto. Reserve.
6. Para os biscoitos, bata em uma tigela grande a manteiga e o açúcar até obter um creme leve e aerado. Acrescente as farinhas peneiradas, o sal e a essência de baunilha, misturando até incorporar.
7. Leve a geladeira por cerca de 30 minutos para gelar a massa.
8. Em seguida, abra a massa em uma superfície ligeiramente enfarinhada até ficar com 0,5 cm de espessura e faça 30 círculos com um cortador redondo. Com um cortador pequeno em formato de coração, faça o corte no meio do disco em metade dos discos cortados. Leve a geladeira por mais uma hora.
9. Pré aqueça o forno a 160ºC.
10. Retire a massa da geladeira e asse por cerca de 20 minutos. Deixe os biscoitos esfriarem completamente.
11. Para montar, coloque uma colher de chá cheia de geleia no centro de cada biscoito inteiro e cubra um biscoito vazado.




quarta-feira, 16 de março de 2016

OVOS "GELADOS" DE PÁSCOA

A história dos Ovos de Páscoa é um pouco mais antiga do que podemos imaginar. Sabemos que nessa data celebramos a morte e ressurreição de Cristo, sendo então um momento especial para os cristãos. Mas uma coisa que sempre nos perguntamos é: afinal de contas, porque costumamos presentear os amigos e familiares com ovos de chocolate: Qual o real significado desse ato?!

A resposta na verdade está muito antes da era cristã. Para algumas religiões pagãs - cultuadas no leste europeu e no oriente - o uso do ovo como forma de presente era bastante comum e costumavam anunciar a chegada da primavera (hemisfério norte) e de toda fertilidade que ela traz consigo. Como forma de celebração, os ovos costumavam ganhar pinturas e decalques com detalhes da natureza - plantas ou algum elemento natural. A partir da Idade Média pode-se observar que esses presentes também eram dados como oferenda à Ostera, deusa da primavera (representada por uma mulher que observava um coelho que segurava nas mãos seus ovos).

Até aí tudo bem, mas como uma tradição pagã se tornou tão forte entre os cristãos? Acontece que, com o Concílio de Niceia (325 d.C.), os padres e bispos decidiram adotar algumas das tradições e rituais de outras religiões às comemorações cristãs, a fim de trazer mais fiéis para a Igreja. A partir desta decisão, começaram a ser pintados ovos com a imagem de Jesus Cristo e sua mãe, Maria. Além disso, durante o período quaresmal, era proibido o consumo de ovos. Desse modo, muitos ovos ficavam estocados e apodreciam. Para evitar desperdícios, eram cozidos e doados às crianças para colorirem e enfeitarem. Na Quinta Feira Santa, juntamente com os coroinhas das paróquias, as crianças saíam reunindo todos os ovos da redondeza e faziam omeletes para distribuir para toda a população.

Ainda na Idade Média, como sabemos que tudo era luxo e ostentação, os ovos costumavam ser feitos de ouro (muitas vezes maciços) e cravejados de lindas pedras preciosas. Nessa mesma época, quando os ovos não eram maciços possuíam uma lembrança no interior (o valor do presente variava de acordo com a classe de quem dava e a importância de quem recebia).

É bem depois do século XVI que começa a se encontrar o chocolate - graças à colonização de territórios maias e astecas -, a partir da descoberta do cacau pelos espanhóis. E apenas 200 anos depois, no século XIX que aparece o primeiro ovo de chocolate da história, produzido por grandes nomes da cozinha requintada francesa.


Ovos de Chocolate Gelados


Rende: 2 porções
Tempo de Preparo: 4h40
Dificuldade: Médio
Custo: $$$$$

Ingredientes

- 500g de chocolate ao leite
- 200g de sorvete crocante
- Forma de ovos de chocolate de 500g
- Calda de caramelo
- Castanhas para decorar

Modo de Preparo

1. Primeiro, faça a temperagem do chocolate: derreta o chocolate até que forme um creme homogêneo. Esfrie-o lentamente com a ajuda de um pão duro fazendo movimentos constantes, até esfriar.
2. Assim que amornar e com a ajuda de uma colher ou pincel, passe o chocolate na forminha, de dentro para fora, não se esquecendo de caprichar nas laterais. Vire a forma sobre a vasilha de chocolate derretido para reaproveitar a sobra.
3. Deixe gelar a camada por cerca de 3 a 5 minutos. Repita a operação mais 3 vezes, camada por camada.
4. Assim que o chocolate endurecer, preencha o ovo com o sorvete crocante, nivelando ele com as laterais do ovo (se quiser, pode fazer várias bolas e ir distribuindo-as para dar textura ao recheio).
Após completar o ovo com o sorvete, desenforme o ovo cuidadosamente.
5. Embrulhe cada metade em papel filme e leve a sobremesa no freezer até a hora de servir.
6. Para decorar, despeje a calda de caramelo sobre o sorvete e salpique castanhas. É opcional, mas se quiser também coloque raspas de chocolate para dar uma colorida.




terça-feira, 15 de março de 2016

RAVANIE, UM DOCE DEUS GREGO

O doce de hoje é famoso em várias regiões da Europa Oriental e Oriente Médio. Basbousa (em árabe), Revani (em turco) e Ravanie (em grego) é um doce feito a partir de sêmola e imprescindível a presença do xarope - aqui no Brasil chamado de calda - de mel e laranja.

O bolinho, que é categorizado como "siropiasta" - ou seja, sobremesas gregas xaroposas, é bastante macio, úmido e bem refrescante, graças à combinação da massa fofa do bolinho com o molhadinho da calda. Podem-se encontrar muitas variações desta receita grega tradicional, com o mais conhecido sendo a receita Ravani à base de sêmola e laranja, típicas da região de Véria, ao norte da Grécia. Em algumas regiões, o bolo é feito com nozes ou arroz, e uma outra versão - feita durante a Quaresma - a base de óleo no lugar da manteiga.

Agora um pouquinho de história: o bolinho, que possui raízes orientais, surge na Grécia no período em que ela ficou conhecida como Grécia Otomana - quando o país foi dominado pelos turcos, fazendo parte do Império Otomano -, por volta do século XIV (antes da captura de Constantinopla) até o final da Guerra de Independência Grega (no inicio de 1830). Esse período da história ficou conhecido como Tourkokratia (do grego "governo turco").


Ravanie


Rende: 10 pedaços
Tempo de Preparo: 105 minutos (1 h 45)
Dificuldade: Médio
Custo: $$$$$

Ingredientes

   Massa:

- 115 gramas de manteiga
- 1 e 1/4 xícara de chá de açúcar
- 1 e 1/2 xícara de chá de farinha de trigo
- 2 colheres de chá de fermento em pó
- Uma pitada de sal
- 1/2 colher de chá de pimenta da jamaica
- 1/4 de xícara de chá de sêmola
- Raspas e suco de 2 laranjas
- 2 ovos
- 1 colher de sopa de sementes de gergelim levemente torradas

   Calda:

- 2/3 de xícara de chá de açúcar
- Raspas e suco de 1 laranja
- 2 colheres de sopa de mel

Modo de Preparo

1. Pré aqueça o forno a 180ºC. Unte uma forma retangular e forre com papel manteiga.
2. Em uma tigela grande, bata a manteiga e o açúcar até obter um creme claro.
3. Em outra tigela, peneire a farinha, o fermento, o sal e a pimenta da jamaica. Junte com a mistura de manteiga e acrescente a sêmola, os ovos, as raspas, o suco da laranja e as sementes de gergelim. Misture muito bem
4. Coloque a massa na assadeira e leve ao forno por 1h15. Para ver se está pronta, espete o palito. Se sair limpo, pode retirar do forno. Deixe esfriar e com a ajuda de um garfo, faça diversos furos na massa para a calda penetrar na massa.
5. Faça a calda. Numa panela pequena, em fogo baixo, aqueça o açúcar, as raspas e o suco da laranja, mexendo até que o açúcar se dissolva. Junte o mel e deixe ferver por 3 minutos.
6. Regue o bolo com a calda ainda quente. Decore com raspas de casca de laranja.
7. Para servir corte o bolo em pequenos losangos e sirva.

segunda-feira, 14 de março de 2016

QUICHE LORRAINE

Bom, todo mundo já ouviu falar dessa delícia. Mas o que poucas pessoas sabem é sobre sua origem e mais ainda, que ela não é uma iguaria francesa (pois é!).

A quiche, muito conhecida aqui pelo Brasil com os recheios de alho poró, tomate seco, espinafre e quatro queijos é na verdade um prato de origem alemã.

A torta – sim, a quiche também é classificada como uma torta – é aberta, possui recheio a base de creme de leite e ovos e originalmente era recheada apenas de bacon defumado. Sua massa tradicional é a patê brisée (que tem como base manteiga e farinha, que deixam a massa com uma consistência quebradiça quando pronta). Sua principal diferença para outras tortas é que ela é sempre aberta e seu recheio sempre deve envolver creme de leite, ovos e noz moscada. Detalhe: o queijo só foi adicionado ao quiche bem depois de sua criação e se você adicionar cebola à receita, ele se torna um quiche alsaciana.

Mas porque conhecemos a quiche como uma especialidade francesa e não alemã? Acontece que o território original da torta já foi um território alemão, que posteriormente foi anexado à França.

A palavra quiche surge do alemão Küchen, que quer dizer torta. É um prato original de Alsácia Lorena, que atualmente é território francês (fica no nordeste do país), fronteira com a Alemanha.  
Durante muitos anos, foi o principal motivo de discórdia entre alemães e franceses.  Originalmente o território germânico pertencia ao Sacro Império Romano Germânico, tomado por Luís XIV da França depois da Paz de Vestfália em 1648, mas devolvido à Alemanha recém unificada, conforme o Tratado de Frankfurt (10 de maio de 1871), encerrando a Guerra Franco-Prussiana, e em seguida retomada pela França após a 1ª Grande Guerra Mundial, nos termos do Tratado de Versalhes (1919). Durante o Terceiro Reich alemão (1940), voltou a ser território germânico durante a Segunda Guerra, e por fim retomado pela França em 1945 – país ao qual o território pertence até os dias de hoje.

O período em que data as primeiras aparições desta torta afirma que a região (uma das grandes produtoras de derivados de leite) era pertencente à Alemanha e a província chamava “Lothringen” que, em português significa Lorena e em francês Lorraine (nome atual da região). A verdade é que a quiche é originalmente um prato alemão, mas é típico, cultural, tradicional e de excelência francesa.


Quiche Lorraine


Rende: 4 porções
Tempo de Preparo: 90 minutos
Dificuldade: Média
Custo: $$$$$

Ingredientes

   Massa Brisée:

- 125 gramas de manteiga gelada cortada em cubos
- 250 gramas de farinha de trigo
- 1 colher de café de sal
- 1 ovo
- 3 colheres de sopa de água gelada

   Recheio:

- 250 gramas de bacon magro defumado cortado em fatias finas ou cubinhos
- 1 colher de sopa de manteiga
- 4 ovos
- 300 ml de creme de leite fresco
- Sal a gosto
- Pimenta do reino a gosto
- Noz moscada a gosto


Modo de Preparo:

1. Para a massa brisée, misture com as mãos a manteiga, a farinha de trigo e o sal até formar uma farofa grossa. 
2. Junte o ovo e a água e mexa apenas para misturar, sem sovar até formar uma bola com a massa.
3. Deixe a massa descansar embrulhada na geladeira por cerca de 30 minutos.
4. Retire e abra a massa até atingir cerca de 0,5 cm de espessura. 
5. Forre uma forma de fundo removível com a massa e com um garfo fura toda a base da massa, coloque um pedaço de papel alumínio e sobre eles feijões crus até cobrir toda a superfície da massa.
6. Asse a massa em forno pré aquecido a 180ºC por cerca de 15 minutos, ou até você perceber a massa dourar.
7. Enquanto a massa assa, doure o bacon na manteiga e distrubua-o sobre a massa assada.
8. Em outra tigela, bata os ovos com o creme de leite fresco. Acrescente o sal, a pimenta e a noz moscada. 
9. Despeje essa mistura sobre a massa com o bacon. 
10. Leve ao forno pré aquecido a 220º e asse por cerca de 30 minutos. 


sexta-feira, 11 de março de 2016

MELKTERT

Quem não gosta de uma torta aerada e bem leve, daquelas que você não tem vontade de parar de comer? Pois é, a Melktert é assim. Com esse nome a gente já sabe que brasileira ela não é.

Com origem na África do Sul, é um dos pratos mais tradicionais da região e tem como raízes a cultura holandesa - tanto que o nome Melktert surge no dialeto Afrikaans (torta de leite) falado pelos colonos holandeses que habitavam a região. O diferencial dessa torta, além de toda a cultura por trás dela, é a proporção de leite em relação às demais tortas tradicionais europeias – como os pasteis de nata portugueses - e, graças a isso, possuem um sabor mais suave, tornando sua degustação ainda mais deliciosa.

Não se sabe ao certo quando surge essa iguaria que acabou fazendo sucesso e sendo conhecido pelos quatro cantos do planeta, mas é no século XVII, por volta do ano de 1652 que a Companhia das Índias Orientais estabeleceu-se na Colônia do Cabo, na região do extremo sol da África - no do Cabo da Boa Esperança -, exatamente ao meio do caminho entre as Índias Orientais e Ocidentais Holandesas, sendo os únicos colonizadores da região até o ano de 1797, quando o Reino Unido dominou a colônia e fizeram com que os holandeses ocupassem uma pequena região – conhecida como Natal, passando a ser conhecidos como boêres.

Buscaram trazer as tortas tradicionais holandesas, mas adaptaram as formas de preparo com a cultura africana. 

Fonte: London Green Africa


Melktert


Rende: 8 - 10 pedaços
Tempo de Preparo: 60 minutos
Dificuldade: Médio
Custo: $$$$$

Ingredientes

   Massa:

- 100 gramas de manteiga sem sal, amolecida
- 1/2 xícara de açúcar
- 1 ovo 
- 2 colheres de chá de essência de baunilha
- 200 gramas de farinha de trigo
- Uma pitada de sal 

   Recheio

- 1 fava de baunilha
- 2 1/2 xícaras de leite integral
- 1 pau de canela
- 4 claras
- 4 gemas
- 1/2 xícara de açúcar
- 2 1/2 farinha de trigo 
- 2 1/2 colheres de sopa de amido de milho 
- 2 colheres de sopa de manteiga em cubos
- Uma pitada de sal
- 1/2 colher de chá de canela em pó
- 2 colheres de chá de açúcar 

Modo de Preparo:

1. Para a massa, bata a manteiga e o açúcar em uma tigela grande até obter um creme homogêneo e bem macio. 
2. Aos poucos, acrescente aos poucos os ovos, seguido pela baunilha, e depois a farinha de trigo peneirada. Adicione o sal e mexa bem.
3. Coloque a massa em uma forma untada e pressione-a até preencher todo o fundo da forma. 
4. Perfure a base e leve ao freezer por 15 minutos ou deixe na geladeira por 30 minutos até esfriar.
5. Pré aqueça o forno a 180ºC. Asse por 25-30 minutos e em seguida deixe esfriar sobre uma superfície fria.
6. Para o recheio, corte a fava de baunilha ao meio e raspe as sementes. Coloque o leite, a fava, as sementes de baunilha e a canela em uma panela, em fogo brando. Deixe em infusão por 5-10 minutos e depois aumente e espere até o leite ferver.
7. Enquanto isso, bata as gemas, o açúcar, a farinha e o amido até obter uma mistura homogênea.
8. Retire a mistura de leite no fogo, coe sobre a mistura de gemas, descartando a fava de baunilha e a canela e mexa. Enxágue a panela antes de voltar a misturar para ela. 
9. Mexa o creme em fogo médio até engrossar - pode levar alguns minutos.
10. Depois que engrossar, acrescente a manteiga e mexa até derreter. Transfira a mistura para uma jarra grande e deixe esfriar rapidamente. 
11. Em uma tigela limpa, bata as claras e o sal até o ponto de neve. Junte as claras no creme de ovo morno e, depois que fizer, despeje a mistura na base da torta pronta.
12.  Misture a canela em pó e o açúcar e polvilhe por cima. 
13. Deixe esfriar em temperatura ambiente antes de levar à geladeira por algumas horas para firmar.

quinta-feira, 10 de março de 2016

TORTA DE SANTIAGO

Já que aqui o que não falta são histórias e receitas deliciosas, a famosa Torta de Santiago não podia faltar. A torta espanhola, de origem na capital galega –Santiago de Compostela – tem como base ovos e amêndoas, e raízes na cultura judia.

É na verdade, uma receita de herança sefardí (descendentes de judeus oriundos da Espanha e de Portugal que se estabeleceram nessa região durante a era das navegações fenícias). É uma sobremesa típica da Páscoa judia, quando os hebreus substituíam a farinha tradicional por pasta de amêndoa, já que na tradição da religião, havia a proibição do uso de leveduras e fermentos.

Seu primeiro aparecimento data de 1577, quando D. Pedro de Portocarrero foi fazer uma visita à Universidade de Santiago de Compostela, onde foi servido a ele a Torta Real (antigo nome para a torta). Recebia esse nome porque as amêndoas (base da torta) era um alimento bastante escasso na região, tornando a torta uma sobremesa de luxo, reservada a poucas pessoas de grande importância da sociedade espanhola.

Mas, é quase 300 anos depois – em 1838 - que começam a surgir registros escritos sobre a famosa torta servida ao D. Pedro de Portocarrero, através de notas de Luís Bartolomé de Leybar, onde chama a torta de “Tarta de Amêndoa”.

É só no ano de 1924, através das mãos dos confeiteiros da Casa Mora, que a tradicional receita da capital galega recebe o famoso nome “Torta de Santigo”, em homenagem o seu local de origem e graças à cruz de Santiago que é comumente desenhada na superfície da torta, tornando-se, portanto sua apresentação atual característica.


Recentemente, em 03 de março de 2006, a Dirección Xeral de Indústria Agroalimentaria e Alimentación solicitou à administração da União Europeia que a torta fosse protegida legalmente. Atendendo aos pedidos espanhois, a Torta de Santiago passou a ser protegida por DOP (denominação de origem protegida) da União Europeia, a fim de proteger nomes das cozinhas regionais.

Tarta de Santiago Almond Cake Recipe
Fonte: Vintage Mixer


Torta de Santiago

Rende: 16 porções
Tempo de Preparo: 50 minutos
Dificuldade: Médio
Custo: $$$$$

Ingredientes

- 80 gramas de manteiga
- 50 gramas de açúcar
- 2 gemas 
- 175 gramas de farinha de trigo (pode usar a de amêndoas, mas encarece a receita)

      Recheio

- 3 ovos
- 150 gramas de açúcar
- Raspas da casca de 1 limão
- 1 colher de chá de canela em pó
- 400 gramas de farinha de amêndoa
- 1 colher de sopa de manteiga derretida
- 1 colher de chá de essência de amêndoa

- 1 colher de sopa de açúcar de confeiteiro para polvilhar

Modo de Preparo:

1. Para a massa, bata a manteiga com o açúcar até formar um creme homogêneo
2. Adicione as gemas e a farinha misturando até a massa não grudar nas mãos
3. Com a ajuda de um rolo, abra a massa e assente a mesma em uma forma de 30 cm com fundo falso
4. Leve para assar em forno preaquecido a 180º C por 12 minutos
5. Para o recheio, bata os ovos com o açúcar até dobrar o volume
6. Acrescente  as raspas de limão, a canela e continue batendo. Por último, acrescente a farinha de amêndoas, a manteiga derretida e a essência
7. Despeje sobre a massa pré-assada e leve ao forno por 18 minutos ou até que o recheio esteja firme
8. Assim que esfriar, polvilhe o açúcar de confeiteiro usando uma peneira fina e sirva. 


quarta-feira, 9 de março de 2016

BISCOITOS ANZAC

Apesar de não ser muito tradicional em terras brasileiras, esse biscoito com origem lá do outro lado do mundo – mais precisamente na Oceania – e foi criado pelas namoradas e esposas de soldados do exército australiano e neo zelandês durante a I Guerra Mundial  e por isso recebe o nome de ANZACAustralian and New Zeland Army Corps.

Detalhe: ele só passou a ser chamado por esse nome a partir de 1919 com o fim da Primeira Guerra Mundial, quando familiares de soldados da guerra (sobreviventes, mortos e feridos) decidiram se unir para angariar fundos para manter o mínimo de qualidade de vida dos soldados durante ações, além de homenagear soldados perdidos durante as batalhas da I Guerra. O dia ANZAC (do inglês ANZAC Day) é celebrado em 25 de Abril tanto na Austrália como na Nova Zelândia.

Mas como já falamos, o bolinho surge antes – conhecido como Biscoitos dos Soldados - a partir da preocupação dos familiares dos soldados com a alimentação deles nos campos de batalha. As famílias sabiam que enviar comidas saudáveis e com todos os nutrientes era algo muito difícil, já que o transporte era feito em navios da Marinha Mercante, que costumava demorar para chegar e não possuía locais para estocagem e refrigeração. Por isso, a comida devia ser simples, rica em nutrientes, fácil de estocar e aguentar mudanças de temperatura.

Com todas as dificuldades, as mulheres criaram um biscoito com base em uma receita tradicional escocesa de bolacha de aveia (lembrando que Nova Zelândia e Austrália eram colônias britânicas, e por isso da influência). Para completar os nutrientes, acrescentaram o coco e o melado à receita original.

 Importante: O nome ANZAC é protegido pela lei australiana e não pode ser usado comercialmente sem a permissão do ministério que cuida dos veteranos de guerra. Em 2008, a rede de sanduíches Subway adicionou à sua cartela de sabores de cookies o ANZAC, mas rapidamente foi obrigado a retirar, já que não segue a receita original.


Biscoitos ANZAC


Rende:  12 biscoitos
Tempo de Preparo: 25 minutos
Dificuldade: Fácil
Custo: $$$

Ingredientes

- 150 gramas de farinha de trigo
- 90 gramas de aveia em flocos
- 85 gramas de coco ralado
- 100 gramas de açúcar mascavo
- 55 gramas de açúcar refinado
- 125 gramas de manteiga sem sal
- 2 colheres de sopa de melaço de cana
- 2 colheres de sopa de água quente
- ½ colher de chá de bicarbonato de sódio

Modo de Preparo:

1. Pré aqueça o forno em temperatura média (180º C).
2. Peneire a farinha de trigo e os açúcares combinados. Adicione a aveia e o coco. Reserve.
3. Coloque a manteiga e o melaço em uma panela e deixe em fogo baixo até a manteiga derreter.
4. Dissolva o bicarbonato de sódio na água quente e misture com a manteiga e o melaço.
5. Incorpore a mistura líquida aos ingredientes secos e misture até formar uma massa homogênea.
6. Distribua colheradas generosas de massa na assadeira previamente untadas, deixando espaço suficiente para que possam se espalhar.
7. Asse de 10 a 12 minutos, ou até dourar.



RECEITA: OVOS MOLES DE AVEIRO E BABA DE MOÇA

Como falamos no post anterior sobre Baba de Moça ou seu ancestral - os Ovos Moles de Aveiro - trouxemos uma receita de cada, afinal de contas a receita é bastante semelhante, se diferenciando na adição do leite de coco - para a baba de moça - e a retirada da massinha de hóstia.

Então, vamos lá.

Ovos Moles de Aveiro



Rende: 24 unidades
Tempo de Preparo: 40 minutos
Dificuldade: Fácil
Custo: $$

Ingredientes:

- 12 gemas
- 12 colheres de sopa de açúcar
- 12 colheres de sopa de água
- 4 folhas de hóstia com moldes (Já vem o molde e as hóstias em formatos marinhos)
- Claras para pincelar e selar 

Modo de Preparo:

1. Em uma panela, coloque as gemas, o açúcar e a água e leve ao fogo. Mexa com uma colher de pau e deixe engrossar. Retire do fogo e deixe esfriar. 
2. Quando o creme de ovos estiver frio, com a ajuda de uma colher, coloque pequenas porções nos moldes. Com a ajuda de uma faca, espalhe bem para preencher os cantinhos da  forma. 
3. Repita o mesmo procedimento em todas as folhas de molde, e assim que feito, junte duas partes.
4. Recorte os moldes de hóstia e para fechar, molhe os dedos em clara de ovos e una as bordas das duas massas.

*:Outra forma tradicional de apresentar esse doce é colocá-los em potes de madeira. 


Baba de Moça



Rende: 6 porções
Tempo de Preparo: 30 minutos
Dificuldade: Fácil
Custo: $

Ingredientes:

- 2 latas de leite condensado
- 2 vidros de leite de coco
- 6 gemas

Modo de Preparo:

1. Em uma panela, coloque todos os ingredientes e mexa até começar a soltar do fundo da panela.
2. Caso opte por comer de colher, retire do fogo um pouco antes.
3. Deixe esfriar e sirva gelado.

terça-feira, 8 de março de 2016

BABA DE MOÇA - OVOS MOLES DE AVEIRO

Muitas pessoas afirmam que a origem do doce baba de moça é brasileira. Na verdade, esse doce é uma adaptação brasileira ao doce português chamado “Ovos Moles de Aveiro” – feito a partir de gemas e calda de açúcar. Ao chegar a terras brasileiras, na época do Império, foi acrescentado o leite de coco, tornando-se assim o famoso Baba de Moça, como conhecemos hoje – um dos preferidos da princesa Isabel.

Como a origem do baba de moça são os Ovos Moles de Aveiro, vamos contar um pouquinho de sua história, antes de chegar em terras brasileiras: Como o próprio nome já diz, trata-se de um doce tradicional da pastelaria conventual aveirense (capital do distrito português de Aveiro, região central portuguesa) composto por ovos e calda de açúcar.

Como era de costume na época, as freiras dos conventos usavam as claras dos ovos para engomar os hábitos (vestes das freiras), enquanto as gemas seriam desperdiçadas. Por isso, surgem muitos doces portugueses à base das gemas restantes, que juntamente com o açúcar, que começou a ser explorado a partir do século XV na Ilha da Madeira, viraram a base da maior parte da fabricação dos famosos doces portugueses. 

Segundo a lenda, No Convento de Jesus, em Aveiro, existia uma freirinha que adorava comer. Ao descobrir as peripécias da freira, a madre superior a castigou com regime de jejum forçado, como penitência ao pecado. Gulosa como sempre, a freirinha burlou o castigo e para não ser pega novamente pela madre, decidiu esconder a mistura de gema e açúcar na massa das hóstias do convento. Acontece que, no dia seguinte, suas companheiras acabaram comendo as hóstias com o doce escondido e, maravilhadas com o doce, concluíram que havia sido enviado por Deus.

Com o passar dos anos e a extinção dos conventos, as moças que eram educadas e criadas pelas freiras ficaram responsáveis pela produção desse doce. Ainda hoje, esse ele é muito encontrado para vender em padarias, confeitarias e nas estações portuguesas, principalmente em Aveiro, onde as moças usam trajes regionais típicos para vender os doces, que ainda hoje são servidos em massa de hóstia, porém com formatos relacionados ao mar - tais como conchas,  peixes, estrelas do mar - ou ainda em pequenos barris de madeira para serem consumidos de colher.




Com a vinda dos portugueses para o Brasil, vieram também algumas receitas tradicionais de lá que acabaram adaptadas com alguns ingredientes tropicais – como é o caso dos Ovos Moles - que com a adição do leite de coco (um ingrediente bem brasileiro) e a retirada da massinha de hóstia, se tornou um dos doces favoritos da Princesa Isabel, a baba de moça que conhecemos hoje em dia.

Tá, mas o nome ovos moles até faz sentido, não é mesmo?! E baba de moça? Na verdade, como o doce possui uma consistência diferente, e um sabor apaixonante, ele recebe esse nome, em referência ao beijo de moças e a saliva ("baba") delas, que faziam com que os homens corressem atrás delas e as desejasse. 

segunda-feira, 27 de abril de 2015

RECEITA: MINI ÉCLAIRS

   Como já falei aqui uma vez, acho super meiguinho aqueles doces feitos individuais sabe? Nada muito grande, daqueles que você consegue comer um pouquinho de cada, sem estragar a apresentação do prato e nem fazer uma sujeirada na hora de cortar...

   Pensando nisso e sobre o que falamos aqui das éclairs, hoje trouxemos uma receita que é uma delícia: mini éclairs com recheio de creme de leite condensado. Super simples de fazer, uma delícia de comer. 

   Ótima para chás da tarde ou como sobremesa de um almoço entre amigos e família!