segunda-feira, 30 de março de 2015

MARSHMALLOW

Qual é a primeira coisa que a gente pensa quando vê ou fala em marshmallows? Aposto que você pensou naqueles filmes americanos onde as pessoas os comem à beira da fogueira (ou lareira), ou talvez naqueles filmes natalinos, onde vemos os marshmallows boiando nas xícaras de chocolate quente, não é mesmo?

Mas pera aí, você sabe realmente de onde eles vieram? Foram feitos para alguma outra finalidade ou era só uma guloseima mesmo? Como sempre, fomos atrás para descobrir de onde e porque veio, além de descobrirmos como caiu no gosto da maioria das crianças e de muitos adultos também.


Pois é, a origem não é como você imagina: Não é nem perto dos Estados Unidos. Pois é. A primeira aparição do marshmallow é no Antigo Egito, exceto pelo nome, que surge somente no século XVI. Possuía como base ingredientes como mel aromatizado engrossado com um líquido retirado da raiz da planta Marsh Mallow (Althaea Officinalis) - que hoje em dia, pode ser encontrada em diversas regiões do mundo, como por exemplo, o leste dos EUA.

A planta era rica em amido, pectina e mucilagem - esta última possuía propriedades antitussígenas (contra tosse) e contra dores de garganta - o que tornava na época seu uso como forma de tratamento de algumas doenças.

No final do século XIX, fabricantes franceses desenvolveram uma maneira de substituir o uso da seiva da planta pelo uso de clara de ovo ou gelatina combinados com amido de milho, criando assim a base da borracha. Nesse período adicionaram também o açúcar à receita, com a finalidade de dar mais volume à massa; mas é somente no ano de 1948, que a partir do processo de extrusão criado por Alex Doumak, os marshmallows passam a ter o formato cilíndrico que conhecemos hoje.

Nos dias de hoje, a guloseima é bastante popular nos Estados Unidos e no Canadá, onde são colocados em espetos e assados em fogueiras e lareiras - criando uma crosta caramelizada crocante com uma camada líquida mantendo seu interior quentinho, fofinho e bem macio.



Outra forma de comê-los é com chocolate quente, jogando os marshmallows dentro das xícaras para que eles derretam. Hoje em dia também existem outras formas menos tradicionais de usá-los como recheio para tortas e bolos, cobertura e etc.

Outra tradição muito popular desse doce, principalmente entre as crianças é a brincadeira conhecida como Chubby Bunny, onde as crianças enchem a boca de marshmallows ao mesmo tempo que devem pronunciar frases difíceis.

marshmallow como conhecemos é obtido através da mistura de gelatina, açúcar, clara de ovos, glucose de milho e aromatizantes especiais. Quando prontos são cortados em pequenos cilindro e envoltos em uma suave camada de açúcar de confeiteiro e amido, dando a aparência delicada que vemos.

Um dos fatores que mais atrai nessa guloseima são sua textura macia e sua aparência aveludada, com cores pastéis doces, infantis e acalentadoras. Essas cores não são escolhidas aleatoriamente: Elas seguem os tons suaves de flores silvestres que antigamente eram usadas na sua produção e saborização.


  

Marshmallow


Rende: 1 forma grande

Tempo de Preparo: 30 minutos
Tempo de Cozimento: -
Tempo de Espera: 8 horas
Dificuldade: *****
Custo: $$$$$


Ingredientes


2 xícaras de açúcar cristal

- 1 colher de sopa de glucose de milho
- 300 ml de água
- 4 colheres de sopa de gelatina incolor
- 1 colher de chá de essência de baunilha
- 2 claras

Modo de Preparo


1. Em um recipiente, junte a glucose, o açúcar cristal e 150 ml de água. Leve ao fogo baixo e mexa até atingir o ponto de bala dura. 
2. Em outra tigela, dissolva as 4 colheres de gelatina incolor no restante da água aquecida(150 ml).
3. Quando a mistura que estiver no forno atingir o ponto de bala dura, adicione a gelatina incolor hidrata e mexa bem.
4. Bata as claras em neve, até formarem picos firmes.Misture a massa de gelatina e bata até ficar um creme bem firme. Adicione a essência de baunilha.
5. Despeje a massa em uma forma retangular salpicada com açúcar de confeiteiro e leve à geladeira por cerca de 8 horas. 
6. Ao retirar você pode cortar em cubinhos com uma faca mesmo, ou usar forminhas com diversos formatos!

domingo, 29 de março de 2015

PALETAS MEXICANAS

Bom, hoje temos aqui um assunto bastante polêmico: as paletas mexicanas - que nada mais são do que picolés de origem mexicana feitos à base de frutas, chocolates ou iogurtes recheados com outros ingredientes em pedaços ou cremosos - que costumam ser encontradas em shoppings e grandes centros comerciais espalhados pelas cidades.

Tá, mas então o que tem de polêmico nesse assunto? Simples: depois de algumas pesquisas, descobriu-se que no México as paletas são bem diferentes das que encontramos por aqui.

Lá não existem paletas de chocolate ou misturadas com pistache paçoca ou creme de avelã. Elas costumam ser feitas apenas com frutas ou um ingrediente simples, sem nenhuma mistura ou combinação de sabor (sabor mais pedido por lá é flor de hibisco); apenas adicionam água, ou seja, lembram aqueles picolés que encontramos em qualquer padaria, supermercado e vendendo nas ruas nos carrinhos, que inclusive é a forma que são vendidos por lá, em troca de algumas moedas.

De todas as paletas, a marca mais conhecida e tradicional se chama La Michoacana Paleteria y Neveria, que sempre foi vendida em carrinhos, e só recentemente abriu sua primeira loja. Uma lojinha simples, como as que vemos de sorvete em masa espalhados pelo Brasil. Nada de climatização nem roupas para caracterização.

Então, se nem o preço nem a forma de vender são semelhantes, porque chamamos de paletas mexicanas? Dois motivos: a palavra paleta se refere ao palito que é congelado dentro do sorvete - que possui o mesmo tamanho das paletas vendidas pelo México - e pelo fato de que os brasileiros adoram internacionalizar as coisas (quanto mais exótico e mais de longe vier, mais vende). Isso faz parte de nossa cultura.

As paletas mexicanas caíram no gosto do brasileiro, apesar de seu lado negativo, o valor. Muitas pessoas não comem com frequência ou nunca experimentaram pois se recusam a pagar entre R$ 8,00 e R$ 15,00 reais em uma paleta (nada mais do que um sorvete gourmetizado). Falo isso porque escuto bastante aqui em casa toda vez que decido tomar uma -  meu pai é uma dessas pessoas!!

Segundo ele, é bom, mas não vale o preço que se cobra pois é apenas um sorvete. Pensando nisso, trouxe para vocês uma receita barata e fácil de fazer. Então, vamos lá!!


Paletas Mexicanas Rojas


Rende: 6 Paletas
Tempo de Preparo: 10 minutos
Tempo de Cozimento: -
Tempo de Espera: 10 horas
Dificuldade: *****
Custo: $$$$$

Ingredientes

- 1 lata de leite condensado
- 1 1/2 xícara de morangos batidos
- 1/2 xícara de açúcar de confeiteiro
- 1 xícara de água
- Suco de 1 limão

- 6 Forminhas de sorvete tipo paleta ou:
- 6 Copinhos descartáveis de 180 ml + 48 Copinhos descartáveis de 50 ml

Modo de Preparo

1. Bata no liquidificador o morango, a água, o açúcar e o suco de limão até formar uma mistura homogênea.
2. No copinho descartável maior ou na forminha de paleta, despeje o suco batido em 1/3 do recipiente. Guarde o restante da mistura na geladeira, para finalizar.
3. Para manter o espaço do recheio, faça pilhas com os copinhos de café de 50ml (8 para cada). Tente aproximá-la do fundo, mas sem encostar. Isso permitirá que não tenha nada no lugar do recheio. Para manter os copinhos no lugar, passe um papel filme e leve os copos ao freezer por cerca de uma hora.
4. Retire-os do freezer e com cuidado, tire os copinhos. Dica: Você pode colocar um pouco de água para ajudar na retirada da pilha de copinhos. 
5. No espaço que ficou vazio, despeje o leite condensado, deixando cerca de um dedo de espaço para finalizar com o suco de morangos.
6. Despeje o restante do suco sobre o leite condensado e espete um palito de sorvete. Leve ao freezer por no mínimo 10 horas. 
7. Para servir, molhe os copos com água corrente para facilitar a hora de desenformar e pronto!


sábado, 28 de março de 2015

BOLO RED VELVET

Hoje o assunto é um dos bolos mais famosos e desejados do momento: o Red Velvet. Ele é de todos os bolos, o mais tradicional e o mais vendido nos Estados Unidos. O motivo exato ninguém sabe, mas pode ser por sua beleza, sua maciez ou simplesmente porque em um período da história foi a única opção de massa disponível. Seja qual for o motivo, ele caiu nas graças dos americanos e acabou se espalhando pelo mundo, chegando aqui, ainda de forma meio tímida (posso dizer que a massa é bem fofa e saborosa, concordo com os americanos em ser o tipo de bolo mais vendido!!!).

Por aqui ele é chamado de bolo veludo vermelho (tradução literal de red velvet). Mas, como sempre, a gente come, a gente compra, a gente faz, a gente gosta e indica, mas quase nunca sabemos como surgiu e porque se tornou algo tão popular.

Pois então, vamos lá. O bolo Red Velvet se tornou popular nos Estados Unidos por volta da década de 40, durante a Segunda Guerra Mundial. Acontece que, com todos os fatos e a participação dos EUA na guerra, alguns alimentos deixaram de existir nas prateleiras dos mercados e mercearias e, com isso, os cozinheiros começaram a ter dificuldades para produzir massas saborosas e ricas em nutrientes para seus bolos.

Para resolver esse problema, os cozinheiros começaram a usar produtos que eles mesmos pudessem produzir ou que fossem fáceis de encontrar, tais como legumes. A beterraba, bastante conhecida e consumida por eles foi o primeiro a entrar nos testes - pois além de rica em ferro, era rica em açúcar. Além dela, outros legumes e frutas também eram usados na massa, mas não tinham todas as características necessárias para fazer uma boa massa como a beterraba, que além de adoçar por si só, ainda deixava uma coloração avermelhada bastante diferente.

Com o fim da Segunda Guerra, o mercado foi voltando ao normal e os ingredientes tradicionais para produção dos bolos foram voltando às prateleiras e, portanto, a beterraba não era mais necessária. Mas porque deixar de produzir um bolo que tinha uma cor linda se podia manter a maciez e, ao invés de dar a cor e a doçura com a beterraba, usar açúcar e corante vermelho? Hoje em dia, para dar essa coloração e maciez para a massa é usado vinagre + bicarbonato de sódio que reagem formando uma espécie de fermento líquido e ainda dão uma coloração rosada à massa).

Como nessa época o bolo já tinha caído nas graças dos norte americanos, a empresa texana Adams Extract, que durante a Guerra da Depressão (fim da década de 20) ficou famosa e ganhou muito dinheiro produzindo extratos naturais para culinária, passou a produzir em massa os extratos que davam cor e sabor ao veludo vermelho.

Com a popularização da receita, o chef do famoso hotel Waldorf-Astoria (NY), decidiu criar uma versão gourmet - a mais famosa, elogiada e procurada - do bolo, que acompanha recheio de cream cheese e a cobertura de buttermilk.

 

 Red Velvet




Rende: 30 cupcakes
Tempo de Preparo: 30 minutos
Tempo de Cozimento: 15 minutos
Tempo de Espera: -
Dificuldade: *****
Custo: $$$$$

Ingredientes

          Buttermilk

- 1 xícara de leite integral
- 1 1/2 colher de sopa de suco de limão

          Massa

1 e 1/4 de xícara de farinha de trigo
- 3/4 de xícara de açúcar
- 1/2 colher de chá de sal
- 1 colher de sobremesa de cacau em pó
- 1/2 xícara de óleo vegetal
- 1/2 xícara de buttermilk
- 1/2 colher de chá de essência de baunilha
- 1 ovo
- 1 colher de sopa de corante líquido vermelho
- 1/2 colher de chá de bicarbonato de sódio
-1/2 colher de chá de vinagre branco

          Creme

- 250 gramas de cream cheese
- 125 gramas de manteiga
- 1 colher de extrato de baunilha
- 2 xícaras de açúcar de confeiteiro peneirado


Modo de Preparo


1. Para o buttermilk, caso você utilize o limão, esprema-os até obter uma colher e meia de suco. Quando tiver a quantidade, peneire o suco para que não fique com gominhos e fibras. 
2. Em um recipiente, de preferência um copo de vidro, coloque o leite integral e o suco do limão e, com a ponta de uma faca, misture bem devagar e só um pouco- apenas para misturar os dois líquidos.
3. Deixe a mistura descansar por cerca de 10 minutos (quanto mais tempo deixar, mais densa ficará a mistura, por isso evite ultrapassar os 20 minutos).
4. Para a massa, preaqueça o forno em 180°C.  Em uma tigela, peneire a farinha, o sal e o cacau. Acrescente aos ingredientes peneirados o açúcar e misture bem. 
5. Para os ingredientes líquidos, em outro recipiente bata o ovo com um garfo. Em seguida,acrescente o buttermilk, o óleo, a essência de baunilha e o corante. Misture bem. 
6. Acrescente os ingredientes líquidos aos ingredientes secos e misture com uma espátula até ficar homogêneo, mas sem mexer muito, para que a massa não sole ou fique ressecada. 
7. Agora, para que o bolo fique fofinho é preciso agilidade e atenção: Numa tigela pequena, coloque o bicarbonato de sódio e em seguida adicione o vinagre. Rapidamente, enquanto borbulha, adicione a mistura à massa. Imediatamente misture a massa. Esse é o ponto forte da receita.
8. Divida as massas em forminhas preenchendo 2/3 dela. Asse por cerca de 15 minutos, ou até que, ao colocar um palito na massa, o mesmo saia limpo. (evite abrir muito o forno para o bolo não murchar).
9. Para fazer o creme, bata todos os ingredientes até que a mistura fique branquinha e bem fofa. (Caso esteja muito quente, deixe a mistura na geladeira e na hora que for usá-la, bata mais um pouco para aerar mais).

sexta-feira, 27 de março de 2015

BUÑUELOS MEXICANOS

Como sempre a gente busca trazer um pouquinho de história e coisas diferentes para vocês. Hoje vamos falar um pouquinho sobre a cozinha mexicana, e esse doce, que para nós lembra a massa de pastel passada no açúcar e canela; ou, como também é tradicional lá, no mel.

De toda os pratos conhecidos, os Buñuelos são um dos mais antigos preparados para as festividades mexicanas (natal e páscoa, principalmente), quando se costumam comê-los banhados com mel aromatizado com cravo e canela.

Na receita original, de Juana Inés de la Cruz, na época dos reinados espanhóis, a receita não era conhecida por buñuelos, mas sim puñuelos (pois a massa era totalmente feita com as mãos e esmagada com o punho).

Nas festividades, essas torradas crocantes costumam ser doces, mas existe a possibilidade de fazê-las de queijo, vento ou até mesmo de buracos (onde você preenche o buraco com patês, geleias ou doces).

Esse doce também é conhecido como buñuelos de rodilla (buñuelos de joelho) porque para dar esse formato arredondado as mulher usavam sobre o joelho guardanapos e colocavam a massa ali para dar formato (agora achei uma utilidade para definir se um joelho é bonito ou não!!)



Buñuelos Mexicanos   


Rende: 20 buñuelos
Tempo de Preparo: 3h20
Dificuldade: *****
Custo: $$$$$

Ingredientes:

   Massa

- 2 ovos batidos
- 3 xícaras de farinha de trigo
- 1 colher de chá de raspas de laranja
- 1 colher de chá de canela em pó
- 1 colher de chá de fermento em pó
- 8 colheres de sopa de manteiga
- 1 xícara de leite
- 1 colher de chá de essência de baunilha
- Uma pitada de sal
- Óleo vegetal para fritar

   Cobertura

- 1 xícara de açúcar
- ½ colher de sopa de canela em pó

Modo de Preparo:

1. Em uma tigela, misture todos os ingredientes secos, com exceção do açúcar e da ½ colher de sopa de canela em pó. Reserve.
2. Em uma panela média, misture o leite, a manteiga e a baunilha e aqueça até ferver. Após levantar fervura, acrescente os dois ovos batidos e misture bem.
3. Em seguida, misture os ingredientes molhados aos secos e misture com as mãos até formar uma massa homogênea. Sove a massa em uma superfície levemente enfarinhada.
4. Em um refratário separado, misture o açúcar e a canela, para depois passar os buñuelos já fritos.
5. Faça bolinhas de até 5 cm de diâmetro e abra-as com a ajuda de um rolo deixando-as bem fininhas. Deixe descansar por cerca de 3 horas.
6. Aqueça o óleo e quando estiver bem quente comece a frita a massa – assim que ela dourar e começar a levantar bolhas, como massa de pastel – vire-a para fritar o outro lado.
7. Retire do óleo e deixe-a em um recipiente com papel absorvente para puxar o excesso de óleo e, em seguida, passe na mistura de açúcar com canela. 


quinta-feira, 26 de março de 2015

PAÇOCA CREMOSA

Olha, não sei vocês... mas se tem uma época do ano que eu adoro são as festas juninas e julinas. O clima mais agradável - nada daqueles calores infernais que vemos por aqui -, as quermesses e as comidas. Isso é um caso a parte que, convenhamos, merece muitos posts. Tem de tudo, doces, salgados, frutas e frutos e até bebidas exclusivas dessa época do ano (só de pensar já to aqui babando).
  
Alguns desses pratos a gente vê com frequência nos supermercados e lares brasileiros mesmo fora da época pois caíram nas graças, além de terem ingredientes fáceis de encontrar durante o ano inteiro... Esse é o caso da nossa mais que querida paçoca.

É um prato tipicamente brasileiro e seu nome vem do termo tupi po-çoc (esmigalhar), que era a forma em que era produzida: os índios colocavam farinha de mandioca e amendoim em tachos e esmigalhavam até o ponto de formar uma farinha mais espessa e com pequenas lasquinhas de amendoim.

Normalmente encontramos paçocas para vender nos formatos rolha e retangular. Daí a gente resolveu trazer para vocês um jeito diferente de comer paçoquinha: ela bem cremosa e de colher. Sonho né? 

A receita é super fácil, prática e rápida de se fazer. Boa para aqueles dias de preguiça ou aquela visita inesperada. Se quiserem vocês podem optar por decorar os copinhos com pedacinhos de paçoca, fica melhor ainda!

Resultado de imagem para paçoca cremosa

Paçoca Cremosa


Rende: 20 potinhos
Tempo de Preparo: 10 minutos 
Tempo de Cozimento: 10 minutos
Tempo de Espera: 30 minutos  
Dificuldade: *****
Custo: $$$$$

Ingredientes

- 1 lata de leite condensado
- 500 gramas de amendoim moído
- 1 colher de sopa de manteiga
- 1 lata de creme de leite
- 1 1/2 xícara de leite
- Paçoca para decorar 

Modo de Preparo

1. Em uma panela, junte o leite condensado, o leite e a manteiga. Leve em fogo médio até que a mistura solte do fundo e das laterais, formando uma bolinha de massa homogênea.
2.Em seguida, desligue o fogo e ainda na panela, acrescente o amendoim e o creme de leite. Mexa bem até misturar tudo.
3. Distribua em potinhos, salpique um pouco de paçoquinha triturada. Pode ser servido morno ou se preferir, leve à geladeira e sirva gelado.
Obs.: o rendimento fala em 20 potinhos daqueles pequenos de doces... quanto maior o potinho, menor vai ser o rendimento, mas maior vai ser a porção!

Espero que tenham gostado e que seja útil para aqueles eventos que surgem de última hora ou para matar a vontade daquele docinho.








NHOQUE DA FORTUNA

Muitas pessoas nunca ouviram falar dessa tradição - o nhoque da sorte - que é uma simpatia famosa pelo Brasil de origem italiana. Segundo a superstição, se você comer sete unidades de nhoque no dia 29 de cada mês com uma moeda (ou nota) embaixo do prato, ele trará prosperidade financeira por todo mês seguinte. Mas tem um detalhe: você precisa guardar esse dinheiro até o próximo mês - a partir daí as interpretações são muitas: uns dizem que você deve doar no mês seguinte para caridade, outros dizem que devem deixar debaixo da louça para gastar no dia 29 do mês seguinte e, por fim, alguns dizem que deve guardar na carteira para gastá-la no dia 29 do mês seguinte.



Mas ok, toda tradição tem uma origem - real ou não - e estamos aqui para contá-la. 

Segundo a lenda, em um dia 29 do século IV um santo cristão - São Pantaleão - a fim de conhecer o caráter de moradores próximos resolveu vagar faminto por um vilarejo italiano vestido de andarilho, procurando uma família que pudesse lhe dar de boa fé um prato de comida quente e gostoso.

Após muitas tentativas e várias negações, Pantaleão bateu em uma das casas pedindo um prato de comida. A família, um pouco receosa, deixou o andarilho entrar, mesmo tendo pouca comida. O prato rendeu exatamente sete unidades de nhoque para cada um da família e o andarilho. Em troca da pureza e boa fé da família, o santo deixou um presente para os anfitriões. Quando foram recolher os pratos da mesa, a família encontrou várias moedas em baixo de cada prato.

Hoje muitos países pelo mundo adotam essa tradição, colocando moeda ou nota sob os pratos, a fim de terem sorte e fortuna por todo mês. Que tal você experimentar essa tradição? Além do mais nhoque é tudo de bom!


quarta-feira, 25 de março de 2015

CHÁ DA TARDE INGLÊS

Todo mundo já ouviu falar alguma vez na vida nos famosos chás da tarde (ou chá das cinco) inglês. Mas a dúvida é: como surgiu e porque ficou tão famoso a ponto de que ao marcar 17h no Big Ben, muitas pessoas fazem uma pausa para tomar chá, conversar e relaxar um pouco da rotina.

Bom, como tudo tem uma tradição, o mais famoso chá do mundo também tem: ele chega à Inglaterra em 1662, com a princesa de Portugal Catarina de Bragança, que alguns anos depois se tornaria esposa do rei Charles II. Apesar da origem datar do século XVII, é somente no século XIX que a prática de fazer uma pausa para o chá da tarde se tornou moda, graças a duquesa de Bedford, Ana Maria Russell.

 
O motivo? Como ela era como nós, de carne e osso, no fim da tarde - entre o almoço e o jantar, sempre batia aquela fome. Para resolver o problema era servido à ela uma xícara de chá com leite e açúcar e um lanche. Com o tempo, ela passou a convidar amigos para relaxar e comer com ela e a mesa se tornou palco para um momento de descontração e socialização. Mas tem um detalhe: como era uma duquesa requintada, exigia que houvesse uma grande variedade de sabores de chás (ou seja, para ser considerado um chá oficialmente britânico, você deve possuir uma variedade de pelo menos 6 infusões diferentes).

 

Apesar de todas as característica de clima e estilo de vida dos ingleses ser muito diferente da nossa, é possível tomar chás da tarde inspirados no estilo dos britânicos - o importante é adaptar o cardápio - fazendo uma recepção agradável e descontraída em casa.


Algumas coisas você pode pensar: que tal colocar no menu chás gelados (afinal temos um clima bem quente por aqui) e optar por fazer o chá em um lugar arejado - como uma varanda ou um quintal com a brisa refrescante do final da tarde - com uma paisagem legal.






terça-feira, 24 de março de 2015

"VOTE NO BRIGADEIRO, QUE É BONITO E SOLTEIRO"

É, isso mais parece um slogan de campanha política baseado na opinião feminina, do que um post sobre gastronomia, mas tudo bem, vamos lá.

Você nunca se perguntou qual a real origem do nome brigadeiro para o docinho mais tradicional da cozinha brasileira? A história começa na década de 1940, quando as campanhas para eleições presidenciais estavam a todo vapor, tendo como candidatos Eurico Gaspar Dutra, Getúlio Vargas e Eduardo Gomes - o Brigadeiro -, este último que fazia o maior sucesso entre as mulheres da época (por favor, considerem os concorrentes e o padrão de beleza da época).



Deixando a ideia de galã de lado, vamos voltar às eleições: Todos queriam estar nas festas de campanha de Eduardo Gomes porque ouviam dizer sobre um doe misterioso que era frequentemente servido nesses eventos na casa do candidato - massa cremosa feita a base de chocolate envolta com uma final camada de açúcar. Com o tempo, o doce foi ganhando fama pela cidade do Rio de Janeiro - porém ainda não possuía um nome.

Graças a estar sempre presente nas festas, ser feito por suas fãs  e eleitoras mais prendadas, ser o docinho favorito do Brigadeiro e até então ser um docinho desconhecido, essa maravilha de chocolate acabou recebendo o nome de brigadeiro, em homenagem a Eduardo Gomes e sua posição militar.

Porém, já existiam registros anteriormente de um docinho bastante semelhante ao brigadeiro - a base de leite condensado, chocolate, manteiga e gemas - que circulava pela região sul do país, conhecido como negrinho. Segundo a história, uma gaúcha bem branquinha e loira achava muito exótico o tom que o docinho atingia quando pronto, lembrando o tom amarronzado da pele das mulatas brasileiras.

Detalhe: enquanto em todo o Brasil e fora o doce é conhecido como brigadeiro, é muito comum em algumas localidades da região sul ainda ser chamado de negrinho.

Para evitar ataques noturnos (ou diurnos mesmo!!) à geladeira, insônia e bebês com carinha de brigadelícia, trouxemos uma receita de brigadeiro especial - com um toque especial eu diria, afinal Nutella é o néctar dos deuses (ou quase!). Mas de uma coisa podemos ter certeza: não é porque tem um ingrediente especial que a receita ficou mais difícil!

E, se caso você faça parte da galera que se perde até para fritar um ovo ou ligar o fogão, a gente trouxe a receita- porque a história é legal e importante, mas colocar a mão na massa e se deliciar é melhor ainda!



Brigadeiro de Nutella


Rende: 30 Brigadeiros

Tempo de Preparo: 30 minutos
Tempo de Cozimento: 10 minutos
Tempo de Espera: 40 minutos
Dificuldade: Fácil
Custo: $$$$$


Ingredientes


1 lata de leite condensado

- 1 colher de chocolate 70% cacau em pó
- 1 colher de manteiga sem sal
- 120 gramas de Nutella
- Granulado para decorar

Modo de Preparo


1. Em uma panela, junte o leite condensado, o chocolate em pó, a manteiga em temperatura ambiente e a Nutella.

2. Leve a mistura ao fogo médio e mexa até que a massa desgrude do fundo e das laterais formando uma bolinha de massa homogênea.
3. Leve à uma vasilha ou prato para que esfrie e possa manusear.
4. Use um pouco de manteiga para untar as mãos e e com o auxílio de uma colher de sobremesa pegue porções de massa e enrole bolinhas.
5. Passe no granulado de sua preferência, coloque os brigadeiros em forminha e sirva-os.

Prontinho!! Agora é só colocar a mão na massa e fazer o melhor brigadeiro de todos os tempos.. Matem a vontade por mim, por quem tá de dieta, pela grávida que ficou com vontade, pela namorada que tá de TPM (insuportável) e é isso aí!